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Quarta-feira, 2 jul 2008 - 08h56

Fronteira do Espaco: INPE solta último balão da campanha Scout 2008

Junho é o mês de São João, com fogos, quentão, pé de moleque e as tradicionais quadrilhas típicas desta época do ano. Têm também os balões, que apesar de muito bonitos quando estão no céu, causam grandes prejuízos quando caem na mata seca ou nas áreas habitadas.

Os cientistas também gostam de balões e não perdem a oportunidade de soltar alguns deles. Principalmente quando são grandes e levam um monte de instrumentos para o espaço. É claro que não são balões de ar quente, alimentados por tochas. Os balões que estamos falando são aqueles inflados com gás hélio e que carregam experimentos científicos em altitudes que muitas vezes superam os 30 mil metros, uma região conhecida como "fronteira do espaço".

Neste final de semana, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, em parceria com o Centro Nacional de Estudos Espaciais, CNES, da França, lançaram no dia 27 de junho às 02h22, o último balão de grande altitude da Campanha SCOUT 2008.

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A carga, com peso de 530 kg, foi lançada a partir do aeroporto de Timon, no Maranhão em um balão de 402 mil metros cúbicos de hélio e de acordo com os cientistas do INPE atingiu 37200 metros de altitude, na fronteira do espaço. O experimento durou aproximadamente 16 horas e foi resgatado na localidade de Capinzal do Norte, também no Maranhão.

O experimento teve o objetivo de obter dados do perfil estratosférico relacionado à química do ozônio nas latitudes tropicais, necessárias para a validação dos dados gerados pelo satélite ENVISAT, da Agência Espacial Européia, ESA.


SCOUT
A campanha SCOUT é a primeira do Programa Específico de Cooperação assinado em 2007 entre CNES e INPE. O propósito do acordo é o lançamento, durante cinco anos, de balões de pesquisa atmosférica na região equatorial brasileira. Para isso o INPE utilizará balões conhecidos como "pressão zero", capazes de erguer cargas de várias toneladas e permanecer no espaço por longos períodos de tempo.

Juntos, os experimentos vão gerar uma série de dados para pesquisas, todas focadas na relação entre a química e o clima da troposfera superior e estratosfera inferior. Entre os objetivos estão o estudo da camada de ozônio, a previsão de mudanças climáticas e a validação dos instrumentos eletrônicos a bordo dos satélites.


Onde é a fronteira do espaço?
Não existe um consenso sobre onde fica exatamente a região fronteiriça entre o espaço e o "não-espaço", já que as camadas da atmosfera não têm limites físicos e não podem ser vistas. No entanto, diversos fatores impedem a sondagem acima de 50 mil metros de altitude e muitos cientistas consideram essa altitude como "próxima ao espaço". Essa região é conhecida como estratosfera e é até lá que os instrumentos científicos são enviados.

Fotos: No topo, lançamento do balão de pressão zero a partir do aeroporto de Timon, na Maranhão. Na sequencia, experimento LPMA-DOAS (Limb Profile Monitor of the Atmosphere / Differential Optical Absorption Spectroscopy), erguido pelo balão até a fronteira do espaço. Crédito das fotos: INPE.

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