Asteróide atinge o nordeste da África durante madrugada

De acordo com Jacob Kuiper, meteorologista do Serviço Meteorológico dos EUA, em trabalho na Holanda, as informações sobre o possível choque do asteróide foram repassadas ao oficial da Air-France-KLM no aeroporto de Amsterdam. Imediatamente, o oficial entrou em contato com o avião, em rota sobe a África, avisando que o impacto do asteróide poderia ser visto em forma de bola de fogo.

Segundo os tripulantes, o avião se encontrava a 1400 km do ponto previsto para o impacto, que foi observado como um flash de curta duração próximo ao horizonte.

07 out 2008 - 06h07 - Asteróide de 3 metros pode ter atingido a Terra durante a madrugada

Se os cálculos estiverem corretos, o asteróide 2008 TC3 pode ter atingido a Terra na noite de ontem, explodindo na alta atmosfera acima do norte do Sudão, na África. A explosão, equivalente a 1 tonelada de TNT, pode ter produzido uma bola de fogo maior que o tamanho aparente da Lua. Os dados ainda são escassos.

A maioria dos fragmentos do asteróide, de 3 metros de diâmetro, provavelmente se evaporou ao penetrar na atmosfera e apenas alguns atingiram a Terra em forma de meteoritos. Se os cálculos se confirmarem o objeto se chocou com a atmosfera às 23h46 (Hora de Brasília) da segunda-feira.

A rocha for descoberta há menos de 24 horas antes de impactar contra a Terra e foi localizada por astrônomos através do telescópio de Mont Lemmon, no Arizona. O telescópio pertence à Nasa e faz parte do Complexo Catalina de pesquisa por Objetos próximos à Terra.

Normalmente, asteróides similares ao 2008 TC3 atingem nosso planeta algumas vezes ao ano, mas essa é a primeira vez que um objeto foi descoberto antes de se chocar.

Breve mais informações
As informações sobre o impacto de 2008 TC3 sobre o nortedeste da Àfrica ainda são poucas e tão logo cheguem ao Apolo11 serão publicadas.

Leia também: Os Asteróides podem se chocar com a Terra?

Foto: Asteróide 2008 TC3 fotografado instantes antes da colisão pela equipe do astrônomo Ernesto Guido, do Observatório de Remanzacco, na Itália. Crédito: SpaceWeather/Ernesto Guido.