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Domingo, 23 abr 2006 - 09h25

Cometa se parte em 30 e se aproxima cada vez mais da Terra

Astrônomos de todos os cantos do mundo estão monitorando mais de 30 fragmentos do cometa 73P/Schwassmann-Wachmann 3, que se aproxima da Terra, para uma aproximação máxima que deve próximo à segunda semana de maio.

Um dos mais brilhantes fragmentos, o fragmento B, visto na foto acima, está se dividindo em dois e chamando a atenção de amadores e especialistas de todo mundo.

O fragmento mais próximo deve passar a cerca de 9.6 milhões de quilômetros e poderá ser visto com auxílio de binóculos ou telescópios. Nos últimos 80 anos nenhum cometa passou tão perto do nosso planeta.

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De acordo com Don Yeomans, diretor do Programa de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, esta é uma oportunidade única e pouco convencional de assistir tão de perto a morte de um cometa.

É importante frisar que nenhum fragmento tocará a Terra. Apesar de perto astronomicamante, a distância que passará do nosso planeta é de aproximadamente 25 vezes a distância da Lua.

A aproximação é uma boa oportunidade e estará sendo monitorada pelo pelo telescópio Espacial Hubble e pelo gigantesco radiotelescópio de Arecibo em Porto Ricom que seguirá os fragmentos para determinar sua forma e rotação. Além disso, astrônomos aficcionados poderão observar e fotografar os pequenos cometas atravessando as constelações de Cygnus e Pegasus durante os dias 12, 13 e 14 de maio.

Apesar da proximidade, os cometas não serão muito brilhantes. Espera-se que os fragmentos maiores brilhem como estrelas de magnitude 3 ou 4, apenas perceptíveis à vista desarmada.

É importante destacar que se tratam de mini-cometas. Não são como os grandes cometas Hayutake e Hale-Bopp, de 1996 e 1997. Naquela ocasião puderam ser vistos simplesmente olhando o céu, mesmo com a interferência da luz da Lua. No caso do 73-P, sem dúvida os interessados deverão procurar lugares escuros e sem contaminação luminosa, usando binóculos ou telescópios.

Ruptura inesperada
Em 1995, o cometa 73P/ Schwassmann-Wachmann 3 inesperadamente se rompeu em pedaços. Sem razão aparente, o núcleo do cometa se dividiu em pelo menos 3 mini-cometas, deslocando-se de modo independente pelo espaço. Na ocasião os astrônomos observaram com interesse o fenômeno, mas mesmo com auxílio de telescópios mais potentes a imagem era difícil e embaçada, já que o 73P estava a 240 milhões de quilômetros de distância.

Com a aproximação cada vez maior, observa-se que o número de fragmentos está mudando constantemente. Quando ocorreu a ruptura inicial, em 1995, havia só três: A,B, e C. Passado um período de observação os astrônomos já contavam oito. Além dos fragmentos B e C outros fragmentos menores já podiam ser ser vistos: G, H, J, L, M e N. Cada fragmento parece estar formando seu próprio fragmento e atualmente se considera que pelo menos trinta fragmentos fazem parte do rosário que se aproxima.

Foto acima: fragmentos B e C aproximando-se da Terra, fotografado por Giovanni Sostero y Ernesto Guido do Observatorio Remanzacco na Italia, utilizando um telescópio de 14 polegadas, no Novo México, EUA.

Chuva de meteoros
Existe uma pequena possibilidade de que a nuvem de poeira que se expande desde a desintegração do cometa em 1995 possa tocar a Terra em maio próximo, produzindo uma chuva de meteoritos.

Especialistas da Universidade de Ontário Ocidental, no Canadá, acreditam que a nuvem se expande a uma velocidade muito lenta para que possa alcançar a Terra, mas como a causa da ruptura ainda é desconhecida, a possibilidade da ocorrência da chuva é incerta. A explicação mais provável da ruptura é o estresse térmico, que fez o núcleo congelado se trincar da mesma forma que trinca um pedaço de gelo quando mergulhado na água quente. No caso do cometa, o rompimento ocorreu à medida que se aproxima do Sol. Se de fato foi isso que ocorreu, a nuvem deve estar se expandindo lentamente e não deverá tocar a Terra produzindo meteoritos.

O gráfico acima, preparado pelo Apolo11, mostra a localização do cometa 73P/Schwassmann-Wachmann 3, na noite de 13 de maio de 2006, às 04h00 (Hora de Brasília). Observe no centro do gráfico o alinhamento de quatro planetas.

Fotos: Na imagem superior vemos o fragmento B fotografado por Mike Holloway, em Arkansas, utilizando u telescópio refrator de 4 polegadas. A imagem colorida, feita por Jim V. Scotti, mostra o cometa 73P rompendo-se em 1995.


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