Quarta-feira, 18 jun 2008 - 10h09
Neste finalzinho da tarde, um pouco antes das 18 horas, a Lua estará nascendo próximo ao quadrante Leste. Esta poderia ser mais uma aparição corriqueira do nosso satélite, mas não é. Hoje é noite de Lua Cheia e ela aparecerá muito maior no horizonte. Na realidade ela vai parecer muito grande!
À medida que as horas forem passando, porém, nosso astro da noite vai ficando cada vez mais alto e ao mesmo tempo menor. Isso também acontece com o Sol, as estrelas e os planetas. Todos, quando estão próximo ao horizonte, se parecem maiores. Mas por que isso acontece? Será algum fenômeno desconhecido que torna esses objetos maiores? Afinal, a Lua estará mesmo tão grande assim? Antes de mais nada, é importante afirmar que essa ampliação não é real e só existe para o sistema sensorial humano formado pelos olhos e pelo cérebro.
Se duvida dessa afirmação, faça algumas fotografias desde o momento em que a Lua nasce até atingir o ponto mais alto no céu. Para poupar seu trabalho, olhe a cena abaixo, feita pelo fotógrafo Shay Stephens, de Seattle, nos EUA.
Ela mostra a Lua Cheia nascendo no final do ano de 2001. Todos os que olharam nesta noite para horizonte tiveram a mesma ilusão de que a Lua estava enorme ao nascer, mas na realidade ela nunca mudou de tamanho. Como a foto prova, o diâmetro do astro é sempre o mesmo, ao redor de 0.5 grau. O problema é que isso não explica o diâmetro aparentemente maior dos objetos. Se medirmos o tamanho do Sol ou da Lua com instrumentos apropriados e precisos (como a foto acima), veremos que seus diâmetros não são maiores quando estão no horizonte. Pior que isso, constataríamos o oposto. Qualquer objeto sempre estará maior quanto mais próximo estiver de nós. Quanto mais acima de nossa cabeça, ou zênite, mais próximo estará. Então, como se explica o fenômeno? Afinal, é inegável que o Sole e a Lua se parecem muito maiores no horizonte. A razão dessa impressão provém, sem qualquer dúvida, do fato de não existir nenhuma referência que nos permita estimar distâncias quando olhamos para cima de nossas cabeças. Ao contrário, porém, quando olhamos para o horizonte, nossos olhos contemplam os campos, bosques, montanhas, prédios, colinas e uma série de objetos que nos permite comparações e impressão de distâncias e afastamentos. Dessa forma, o céu no horizonte nos parece muito mais afastado do que no zênite. Mourão explica que quando observamos o céu estrelado, projetamos, sem perceber, as estrelas e a Lua sobre essa abóbada celeste achatada por nossa imaginação. Essa ilusão não ocorre somente com a Lua, mas também com as constelações ou com o Sol, que parecem maiores e avermelhados no horizonte. Fotos: No topo, Lua Cheia sobre Manchester, Maryland, EUA. Crédito: Edmund E. Kasaitis. Acima, seqüência de fotogramas da Lua Cheia nascendo sobre Seattle, EUA. As fotos foram feitas com intervalos de 150 segundos. Crédito: Shay Stephens. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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