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Sábado, 7 jul 2007 - 12h10

Cientistas confirmam que a Terra é menor do que se acreditava

A diferença pode não ser grande, mas cientistas da Universidade de Bonn, na Alemanha, concluíram que a Terra é ligeiramente menor do que o assumido até agora. De acordo com o estudo, o diâmetro equatorial do nosso planeta pode ser cinco milímetros menor do que os atuais 12.75627249 km utilizados até agora nos modelos geodésicos.

O resultado da pesquisa é importante, por exemplo, para demonstrar de forma mais exata os efeitos do clima na elevação do nível dos oceanos ou melhorar a precisão do movimento das placas tectônicas. O trabalho está sendo publicado no renomado "Journal of Geodesy".

O trabalho também chama a atenção pela forma como os geofísicos alemães efetuaram as medidas. Naturalmente não foi com réguas que o fizeram, mas sim através de ondas de rádio transmitidas de fontes pontuais localizadas no espaço, conhecidas por quasars, e recebidas por mais de 70 radiotelescópios ao redor do planeta. Por estarem as antenas localizadas distantes uma das outras, os sinais de rádio são recebidos com uma pequena diferença de tempo em cada uma delas.

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"Conhecendo a velocidade das ondas de rádio, podemos determinar com grande precisão a distância entre as antenas. Essa precisão chega a 2 milímetros a cada 1000 km", explica o Dr. Axel Nothnagel, pesquisador chefe do Insituto de Geodésia da Universidade de Bonn.

O procedimento usado por Nothnagel é conhecido como VLBI, sigla para Interferometria de Pontos Muito Distantes. Usando este método, Nothnagel e sua equipe demonstraram que Europa e América do Norte estão se distanciando a razão de 18 milímetros por ano. Segundo Nothnagel, um dos objetivos da pesquisa é precisar a exata localização do centro da Terra, até hoje não exatamente conhecida.


Alta Precisão
"Estamos analisando as medidas e cálculos feitos por 34 institutos em 17 países", disse Nothnagel. "Os dados serão combinados com medidas feitas por GPS e raios laser captados por satélites. Isso vai nos permitir conhecer as coordenadas de 400 pontos ao redor do globo com precisão sem precedentes", explicou o cientista.

O resultado das pesquisas poderá culminar em um novo sistema de coordenadas geográficas e será possível, por exemplo, determinar o rastreio dos diversos satélites-altímetro com precisão de poucos milímetros. Esses equipamentos medem a altitude de qualquer ponto da superfície terrestre, permitindo registrar a real elevação do nível dos oceanos, no entanto, pequenos desvios dentro da órbita falseiam os resultados. Se o satélite orbita acima do esperado, a distância com relação à superfície influi nos resultados e o nível dos oceanos pode ficar menor do que realmente é. "O que fazemos é aprimorar esses resultados. Estamos trabalhando pra melhorar essa precisão", disse Nothnagel.

Fotos: No topo, a Terra, que pode ser alguns milímetros menor que os atuais 12.75627249 km utilizados nos modelos geodésicos. Acima, concepção artísitica de um satélite-altímetro, capaz de tomar medidas de altitude de vários pontos da Terra.

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