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Segunda-feira, 5 out 2009 - 09h29

Astronautas fotografam lago Erepecu e Rio Trombetas na Amazônia

Uma das mais importantes tarefas da Estação Espacial Internacional, ISS, é registrar as feições e mudanças observadas na Terra, fornecendo informações cruciais para a compreensão da influência do Homem sobre o meio ambiente. Como não poderia deixar de ser, a Floresta Amazônica é um dos locais mais observados, repleto de surpresas que enchem os olhos.


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No dia 25 de agosto de 2009, enquanto a ISS orbitava 350 km acima do Estado do Pará, seus tripulantes registraram essa magnífica foto que mostra uma dos mais importantes complexos fluviais da bacia Amazônica: O rio Trombetas e o lago do Erepecu.

Corpos de água localizados na Floresta Amazônica são muito escuros quando vistos do espaço, o que pode prejudicar a observação. No entanto, nesta imagem o rio e o lago são vistos extremamente claros e destacados da densa floresta verde, graças a um fenômeno ótico conhecido como sunglint, uma espécie de espelhamento que reflete a luz solar diretamente na câmera fotográfica.

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Além da imagem das águas, a cena também mostra diversas áreas avermelhadas, indicando a presença humana na Região. Uma delas é Porto Trombetas, um porto fluvial localizado na parte sul do rio, por onde a maior parte da bauxita extraída da região é exportada. Com quase 800 quilômetros de extensão, o Trombetas segue até o Rio Amazonas, a 800 da foz na Ilha de Marajó.


Antigos Rios
A região central da Amazônia tem muitos lagos parecidos como o Erepecu - grandes corpos de água relativamente retos, situados à margem dos grandes leitos fluviais.

Esses lagos começaram como rios, que escavaram profundamente o solo da Amazônia durante os períodos de maré baixa que seguiram as eras glaciais, há 1.7 milhão de anos. Quando o nível do mar era baixo, o gradiente das cabeceiras de um rio até sua foz no oceano era mais íngreme, o que fazia suas águas correrem mais rapidamente e ajudava a aprofundar seu leito. Nos períodos de aquecimento, no entanto, o nível dos oceanos era maior, reduzindo o gradiente próximo à foz e em muitos casos até invertendo o fluxo das águas.

A única forma que um rio tinha para chegar até o mar era transportando sedimentos em quantidades suficientes para preencher seu leito, escavado durante o período de nível baixo do mar, criando assim um novo leito por onde a água pudesse fluir. Muitos rios de grande porte, como o Trombetas ou Amazonas, carregavam sedimentos suficientes para isso, mas os rios menores não conseguiam preencher os vales profundamente entalhados. Sem ter para onde fluir devido ao maior nível do mar, esses rios se transformaram em grandes lagos, como o Erepecu, de mais de 40 quilômetros de comprimento.


Foto: Lago Erepecu e Rio Trombetas, no Pará, fotografados pela Expedição 20 da Estação Espacial Internacional, em 25 de agosto de 2009. Crédito: Nasa/Gateway to Astronaut Photography of Earth.

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