Quinta-feira, 13 jul 2006 - 06h31
Cientistas ligados ao CERN, Organização Européia de Pesquisa Nuclear, terminaram ontem e instalar a metade dos 1232 magnetos bipolares gigantes, que fazem parte do LHC, ou Grande Colisor de Hádrons, o maior e mais potente acelerador de partículas até hoje contruído.
De acordo com o CERN, o LHC terá 27 km de circunferência e deverá começar a operar no final de 2007. Cada magneto bipolar tem 15 metros de comprimento e pesa 35 toneladas. Quando terminado, o LHC será capaz de colidir feixes de protons com energia de 14 TeV. O TeV é a unidade de energia usada no estudo da física das partículas e equivale a energia de vôo de um mosquito. O que faz o LHC tão extraordinário é que ele é capaz de concentrar essa energia em um espaço 1 trilhão de vezes menor que um mosquito.
Ontem foi instalado o magneto de número 616. As bobinas supercondutoras que envolvem os magnetos permitem a passagem de correntes elétricas elevadíssimas. Operando a 300 graus abaixo de zero, a mesma temperatura do espaço profundo, quase não há perda de energia. Os campos magnéticos poderosíssimos, criados pelos magnetos, serão então capazes de desviar a trajetória de partículas lançadas no túnel do colisor com velocidades próximas à da luz. No total, o colisor, que já consumiu 3,9 bilhões de euros, terá 1.746 magnetos. Os outros 514 serão quadripolares. O LHC pretende simular as condições que se seguiram à origem do Universo. Pretende-se avançar no conhecimento sobre o que é massa, a natureza da matéria escura - cuja natureza ainda é desconhecida, mas que aprece compor 95% do Universo - e a existência do bóson de Higgs, uma partícula hipotética e que dotaria partículas de massa. Se essa partícula realmente existir, o LHC será capaz de detectá-la. Foto: Vista de um dos aceleradores do no interior do túnel de 27 km. LEIA MAIS NOTÍCIAS
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