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Sexta-feira, 1 dez 2006 - 08h30

Erro de cálculo desestabiliza mais ainda a ISS

Uma falha na ignição dos propulsores da nave Progress impediu, na noite de ontem, que Estação Espacial Internacional, ISS, fosse elevada em mais 8 mil metros, conforme programado pelo controladores russos e norte-americanos.

De acordo com o Centro de Controle de Vôos Espaciais, CCVE, situado em Koroliov, na Rússia, os propulsores da nave Progress M-58, que elevariam o complexo espacial alguns quilômetros mais acima, funcionaram por apenas 3 minutos e 16 segundos, quando o correto seria a queima por 18 minutos e 22 segundos.

A queima dos foguetes por tempo inferior ao programado elevou a ISS apenas 1500 metros e desestabilizou ainda mais sua posição dentro da órbita.

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Segundo o CCVE, os propulsores foram desligados automaticamente pelos computadores de bordo da ISS, que detectaram uma inclinação anormal durante a manobra. A falha disparou diversos alarmes de correção dentro da ISS.

Os propulsores pararam exatamente às 21h04m12 pelo horário de Brasilia e toda a manobra foi transmitida ao vivo pela NASA TV e retransmitida pelo ApoloChannel.

De acordo com Igor Panarin, porta-voz da agência espacial russa Roscosmos, a falha pode ter sido causado por um erro de cálculo, que não considerou a nova estrutura de painéis solares instalada recentemente por astronautas americanos e que elevou a massa da ISS em quase 18 toneladas.

Os painéis foram instalados recentemente pelos tripulantes da Atlantis durante diversas Atividades Extraveiculares (EVA ou caminhadas espaciais) e desde então a atitude da ISS não havia sido corrigida.

Atitude, e não altitude, é a posição física de uma nave dentro da sua órbita.

O operação de elevação da estação espacial tem como objetivo facilitar o acoplamento das futuras missões dos ônibus espaciais, entre elas a da missão da STS-116 da Discovery, marcada para 7 de dezembro próximo. Colocada 7.300 metros acima da posição inicial, permitirá que as naves gastem menos combustíveis durante a manobra de aproximação e atracamento.

Uma nova tentativa de elevação do complexo está marcada para sábado, quando os cientistas russos deverão repetir a manobra, desta vez em etapas. Desta vez a operação terá a ajuda dos foguestes de outra nave, a Progress M-57, também acomplada à ISS.


Erros de cálculo
Esta não é a primeira vez que um erro de cálculo ocorre no espaço. Em 23 de dezembro de 1999, a sonda Mars Climate Orbiter (orbitador climático de Marte) foi queimada na atmosfera do planeta, após um erro do ponto de inserção. Na ocasião as equipes realizaram os cálculos no sistema de polegadas enquanto os computadores de bordo realizavam as operações no sistema métrico.


Pertubações
Normalmente, a altitude da ISS situa-se entre 320 e 360 quilômetros, mas diversos fatores tendem a fazer com que o complexo espacial perca altura diariamente. Entre as principais perturbações estão a força de atração gravitacional da Terra e a foça de arrasto causada pelo atrito com as partículas ainda presentes nas altas camadas da atmosfera.

Diariamente a ISS perde entre 100 e 150 metros de altitude.

Durante a manobra outros parâmetros deverão ser corrigidos. Além da altitude, a ISS será novamente orientada com relação ao Sol e ao eixo terrestre. A elevação da órbita causará uma mudança na velocidade de deslocamento da estação e consequentemente em seu período de revolução sobre a Terra, que também deverão ser corrigidos.

A posião da ISS também já foi corrigida em várias outras ocasiões para evitar possíveis colisões com detritos espaciais, meteoritos e satélites. Em 1993 a ISS esteve a ponto de chocar com o satélite italiano MegSat.

Veja ao vivo !
Toda a operação de correção de altitude será transmitida pela NASA-TV, que você acompanha aqui no Apolochannel , a primeira TV brasileira de informação científica.

Veja a ISS !
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