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Segunda-feira, 4 fev 2008 - 10h11

INPE: Amazônia perdeu cerca 7 mil km2 de floresta em apenas 5 meses

Recentemente, os noticiários chamaram a atenção dos brasileiros para um dos mais sérios problemas atuais e que até alguns dias atrás parecia quase controlado: o desmatamento acelerado das nossas florestas. E não era pra menos. Através de levantamento feito por imagens de satélites, o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais - INPE mostrou que a perda das florestas nas regiões Norte e Centro-Oeste pode ter atingido 7 mil quilômetros quadrados apenas nos últimos cinco meses.

Quando os números foram divulgados poucas pessoas fizeram as contas, mas 7 mil quilômetros quadrados equivalem a nada menos que quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo ou quase seis vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro. Em outras palavras, em cinco meses foram derrubadas enormes áreas florestais, que de acordo com as autoridades do governo, estão sendo usadas com finalidades agropecuárias, em especial na ampliação do cultivo de soja.

As estimativas do INPE são baseadas no sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real e mostra que a maior parte dos desmatamentos se concentra nos estados de Mato Grosso, com 53,7%, Pará com 17,8% e Rondônia, com 16%. De acordo com Dalton de Morrison Valeriano, coordenador do Programa Amazônia do INPE, que opera os sistemas PRODES e DETER, os novos desmatamentos registrados entre agosto e dezembro de 2007 somaram 3.235 km2.

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Nos anos recentes, a área mapeada pelo Inpe representou entre 40% a 60% do que é registrado pelo sistema. Assim, o INPE considera que entre agosto e dezembro de 2007 o desmatamento atingiu aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, com uma variação assumida de 1.400 quilômetros quadrados. Sendo assim, o desmatamento registrado nos últimos meses pode atingir números ainda maiores.


Imagens de satélites
O trabalho do INPE usa imagens dos satélites Landsat e Cbers, com resolução espacial entre 20 a 30 metros. O levantamento é feito entre os meses de agosto de um ano a julho do ano seguinte em escala anual, com área mínima de mapeamento de 6.25 hectares. O último levantamento, realizado entre agosto de 2006 a julho de 2007 apontou um desmatamento de 11.224 quilômetros quadrados, superior a muitos países da Europa.

O estudo das imagens é feito com base nos dados coletados pelos sensores, que consegue diferenciar a luz refletida pela floresta daquela refletida pelo solo. Numa floresta tropical típica e intacta o sinal de solo é zero, ou muito próximo de zero. De acordo com o pesquisador do Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, Carlos Souza Jr., o que tem de ser considerado é a perda de cobertura florestal original. "Não importa qual destino foi dado a terra, se virou pastagem ou não".

O pesquisador diz que no caso das queimadas, as árvores podem até continuar em pé, mas a estrutura ecológica da floresta pode já ter desmoronado por completo. O corte de madeiras nobres abre buracos no dossel (cobertura da floresta)l, que permitem a entrada de luz, que deixa a floresta mais seca e mais vulnerável ao fogo. Como resultado, pouco a pouco a floresta vai definhando e morrendo.

Ilustração: tabela mostra a área, em quilômetros quadrados, de desmatamento detectada pelo INPE entre agosto a dezembro de 2007. Repare que entre novemnbro e dezembro o Estado de Mato Grosso apresentou números muito superiores aos dos outros Estados. Somente em MT a área devastada é maior que a da cidade de São Paulo. Fonte: INPE.

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