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Pesquisa identifica a origem da poluição do ar na Região Metropolitana de São Paulo
São Paulo, 16 de Abril de 2004
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A poluição causada pelas indústrias e automóveis das cidades do Vale do Rio Paraíba do Sul pode influenciar a qualidade do ar na RMSP - Região Metropolitana de São Paulo. Uma pesquisa desenvolvida no IAG - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP - Universidade de São Paulo procurou identificar as fontes dos poluentes atmosféricos de São Paulo, considerando a possibilidade destes compostos chegarem de outras regiões.

"Percebemos que há uma tendência de maior concentração de ozônio nos dias em que a Região Metropolitana recebe ventos da direção nordeste, onde fica o Vale do Paraíba. Essa concentração se destaca nas estações de monitoramento que primeiro recebem esses ventos, como São Miguel Paulista, São Caetano do Sul e Moóca. Nas demais, fica mais evidente o processo de mistura com as fontes locais", explica o pesquisador Odón Román Sánchez Ccoyllo, autor da tese de doutorado 'Identificação da contribuição das fontes locais e remotas de poluentes na região metropolitana'.

A pesquisa dividiu a RMSP em quatro quadrantes - nordeste, sudeste, sudoeste e noroeste - e avaliou os dados de concentração de poluentes e de direção dos ventos que chegavam a cada um dos setores, relativos aos meses de junho a agosto de 1999. Para que se pudesse comparar a influência dos ventos vindos de diversas regiões externas à Capital, foram selecionadas as condições atmosféricas dos dias em que todos os quadrantes e o ponto central do quadrado recebiam ventos de uma mesma direção. A influência de outras regiões e de outros poluentes - que não o ozônio - foram menos evidentes.

Emissões veiculares - Para identificar as fontes locais de poluentes, o pesquisador fez uso de modelos matemáticos, em que foram aplicados os dados coletados nas estações da Cetesb - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental no inverno de 1999, além de novas informações sobre emissões veiculares. As principais fontes identificadas na área urbana foram a suspensão do solo (poeira), as emissões industriais, emissões dos veículos, queima de óleo combustível e sulfato secundário, gerado a partir de outros gases emitidos por indústrias e automóveis. O estudo concluiu que aproximadamente 40% do material particulado inalável presente na atmosfera está associado à emissão veicular.

A identificação dos poluentes emitidos por veículos necessitou de um aprofundamento, além dos dados disponíveis. Foram coletadas amostras de ar em dois túneis da cidade, para a análise de material particulado fino, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e dióxido de enxofre. "Conseguimos fazer a estimativa dos fatores emitidos por veículos. Por exemplo, estimamos que são emitidos 235 mg de carbono elementar, ou fumaça preta, por cada quilograma de gasolina queimada. Uma grande quantidade deste fator, em determinadas concentrações de gás carbônico e monóxido de carbono, possibilita identificar que qualquer amostra coletada tenha origem veicular. Esta foi uma importante contribuição que demos para estudos posteriores", avalia Ccoyllo.

Mais informações: (0XX11) 3091-4770 ou e-mail osanchez@usp.br







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