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Brasil já teve surto de doença de Chagas
São Paulo, 03 de Abril de 2005
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Embora mais rara, a transmissão oral do Tripanossoma cruzi costuma resultar em manifestações da doença de Chagas agudas e de alta virulência, garante Bruno Schlemper Júnior, especialista em medicina tropical da Universidade Federal de Santa Catarina.

A maior virulência seria resultado, sobretudo, da quantidade de parasita que invade o organismo, muito maior por via oral, do que a que penetra no corpo através de uma picada de barbeiro, tradicional vetor da doença.

Outra explicação seria as cepas do parasita: em geral na transmissão oral prevalecem tripanossomas das cepas do biodema tipo III, encontrados com mais freqüência em animais silvestres.

No atual surto já existem 31 casos confirmados de pessoas contaminadas em Santa Catarina, com cinco óbitos, além de outros 75 suspeitas de contaminação. Antes do atual surto de Santa Catarina o país já registrou diversos outros surtos de doença de Chagas aguda transmitida por via oral. O primeiro foi em 1968, na comunidade agrícola de Teotônia (RS). Foram 18 casos, com seis óbitos. As investigações indicaram que a infecção se deu pelas verduras consumidas no refeitório. Acredita-se que as hortas da comunidade tenham sido contaminadas por marsupiais.

Esses animais podem substituir o barbeiro como vetor da doença porque, ao contrário de outros mamíferos nos quais o parasita permanece no sangue, nos marsupiais o tripanossoma prolifera também em suas glândulas perianais que liberam a secreção do cheiro no ambiente.

Em meados da década de 80, registrou-se o segundo surto, em Catolé do Rocha (PB). Vinte e seis pessoas se contaminaram numa comemoração de boda de ouro e o casal protagonista do evento morreu. Os epidemiologistas acreditam que o caldo de cana ou outros alimentos provavelmente estivessem contaminados por gambás. A partir da década de 90, registraram-se vários pequenos surtos na Amazônia, também atribuídos à transmissão oral. Famílias inteiras desenvolveram a doença de Chagas, sem que existissem barbeiros em suas casas.

Aqui a explicação seria o equipamento usado para fazer suco de açaí. A máquina fica normalmente fora da casa, os barbeiros seriam atraídos pela luz e acabariam triturados junto com a fruta.

A dúvida sobre se o parasita seria capaz de sobreviver ao suco gástrico foi dirimida pela médica Sonia Andrade, da unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia. Há alguns anos ela contaminou gravemente camundongos injetando o parasita em seus estômagos.

Quem tomou caldo de cana em SC em fevereiro...

As pessoas que tomaram caldo de cana nas margens da BR 101, nas imediações do município de Navegantes, em Santa Catarina, em meados de fevereiro devem submeter-se a testes sorológico para doença de Chagas. “Se a pessoa ingeriu uma quantidade menor do parasita pode permanecer assintomática, mas desenvolver a doença de forma crônica”, explica a epidemiologista Eliane Gontijo, pesquisadora da doença de Chagas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela frisa que, nesta primeira fase, a doença de Chagas tem entre 85% e 90% de chances de ser curada, porcentual que cai para 20% quando a doença passa para a fase aguda.







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