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WWF diz descobre nova espécie de mamífero
São Paulo, 07 de Dezembro de 2005
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A organização ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF) anunciou a possível descoberta de uma nova espécie de mamífero nas densas florestas de Bornéu. O WWF obteve duas imagens do animal, que é maior do que um gato doméstico e tem uma longa cauda.

A população local, segundo o WWF, não havia visto a espécie antes, e pesquisadores dizem que ela parece ser realmente desconhecida. A criatura, que se acredita ser carnívora, foi observada no Parque Nacional Kayan Mentarang, no território indonésio de Bornéu.


Livro
A equipe que a descobriu, liderada pelo biólogo Stephan Wulffraat, está publicando os detalhes completos em um novo livro sobre Bornéu e sua vida selvagem. “Você não encontra novos mamíferos com freqüência. Fazer isso deve ser extraordinário”, disse Callum Rankine, chefe do programa de espécies da sede britânica do WWF.

“Temos câmeras escondidas lá, que são instrumentos passivos baseados na emissão de raios infra-vermelhos ao longo de caminhos na floresta”, disse ele. “Muitos animais passam por ali, porque é muito mais fácil do que abrir caminho pela floresta. E quando os animais passam pelo infra-vermelho, duas câmeras tomam imagens de frente e de trás.”


Viverrídeo
Até agora, as imagens são tudo o que existe. Mas elas foram suficientes para convencer Nick Isaac, do Instituto de Zoologia de Londres, de que o animal pode realmente ser novo.

“Nas fotos ele parece um lêmur, mas certamente não deveria haver lêmures em Bornéu”, disse ele. Os lêmures, primatas com longas caudas, estão confinados à ilha de Madagáscar. “É mais provável que seja um viverrídeo - a família que inclui a fuinha e a algália -, que é um grupo muito pouco conhecido.”

“Uma das fotos claramente mostra o comprimento da cauda e o quão musculosa ela é. As algálias usam suas caudas para se equilibrar nas árvores, então este novo animal deve passar parte de seu tempo em cima de árvores também.”

Esta pode ser uma das razões para ele não ter sido visto antes. Outra poderia ser que o acesso ao coração de Bornéu está se tornando mais fácil conforme os centros populacionais se expandem e novas estradas são construídas.


Palmeiras
O WWF diz que este é o centro da questão. A organização acusa os governos da Indonésia e da Malásia, que tem parte de Bornéu, de promover a perda da floresta original ao permitir o desenvolvimento de grandes plantações de palmeiras para extração de óleo.

Na semana passada, Pehin Sri Haji Abdul Taib Mahmud, ministro-chefe de Sarawak, o maior Estado malaio em Bornéu, disse que tais acusações não têm fundamento e são parte de uma campanha de difamação.

Segundo ele, as plantações de palmeiras estão principalmente em áreas que haviam sido anteriormente desmatadas ou então em “matas secundárias”.

Mas o WWF diz que espécies como o novo viverrídeo - se a suposição for comprovada - estão ameaçadas por esse desenvolvimento. A organização teme que outras criaturas até agora desconhecidas podem ser extintas antes mesmo de sua existência ser documentada.

O grupo planeja capturar a nova espécie para que ela possa ser devidamente estudada e descrita.

BBC-Brasil





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