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Quinta-feira, 27 ago 2009 - 09h34

Astrônomos detectam planeta em fase final da vida

Imagine um planeta 10 vezes mais massivo que Júpiter, mas que orbita tão próximo da sua estrela-mãe que em menos de um dia consegue dar uma volta completa ao seu redor. Esse planeta não é hipotético e está com seus dias contados devido à gigantesca força gravitacional que atua sobre ele. O planeta vai morrer.


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Esse estranho e distante mundo, batizado de WASP-18b, foi descoberto recentemente por cientistas da Universidade de St Andrews, na Escócia e segundo seus descobridores deverá ser mortalmente consumido pela estrela, localizada a 1.000 anos-luz de distância.


Forças de Maré
A interação gravitacional entre WASP-18b e WASP-18 cria fortes ondas gravitacionais - chamadas forças de maré - que esticam e comprimem o planeta, modificando sua órbita e fazendo-o "espiralar" em direção à estrela. Os pesquisadores ainda estão calculando a relação entre essas forças de modo a prever com exatidão quando de fato WASP-18-b será definitivamente tragado pela estrela-mãe, mas cálculos preliminares indicam que isso deve ocorrer nos próximos 500 mil anos, um tempo geologicamente muito pequeno.

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Segundo o professor Andrew Collier Cameron, ligado ao Projeto Wasp e um dos autores do trabalho, a situação de WASP-18b é bastante bizarra. "No Sistema Solar, a força de maré freia a rotação da Terra e afasta a Lua 4 cm por ano. No caso de Wasp-18b é o contrário: ele orbita a estrela mais rapidamente do que a estrela gira, fazendo com que seja atraído por ela. O resultado é uma queda em forma de espiral, que terminará com o planeta consumido pela estrela antes de tocar sua atmosfera", explicou o pesquisador.

WASP-18-b orbita a apenas 3 milhões de quilômetros da estrela, aproximadamente 2% da distância entre a Terra do Sol. De acordo com Cameron, sua temperatura é de 2.100 graus Celsius


WASP
A descoberta de WASP-18-b foi feita pelo grupo de pesquisadores do Programa WASP (Wide Angle Search for Planets ou Busca por Planetas em Ângulo Largo), da Universidade de Keele, na Inglaterra e publicada esta semana pela revista Nature. Além da descoberta, o estudo também sugere que a estrela WASP-18 tenha aproximadamente 1 bilhão de anos, o que torna a observação de WASP-18-b um caso bastante raro, uma vez que as probabilidades de detecta-lo nesta fase final de sua vida é de cerca de 1 em 1000.

Caso o planeta tenha uma vida tão curta quanto estimado, seu decaimento será claramente mensurável dentro de uma década. "Não sabemos quanto tempo ele vai sobreviver, uma vez que não compreendemos plenamente como funciona os mecanismos de maré do Sol ou outras estrelas. Pode ter 500 mil anos ou meio bilhão de anos, mas espiralando rápido como está, em pouco tempo teremos uma resposta. Só temos que esperar e ser pacientes", disse o cientista.


Arte: Concepção artística mostra o planeta WASP-18-b orbitando a estrela principal WASP-18. O planeta orbita a apenas 3 milhões de quilômetros da estrela e sua temperatura atinge 2.100 graus Celsius. Crédito: Keele University/WASP Program.

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