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Sábado, 1 jun 2013 - 17h38
Por Rogério Leite

Buraco no Sol provoca tempestades há mais de 20 horas

Uma tempestade geomagnética de longa duração está atingindo a Terra há pelo menos 20 horas, provocando auroras em diversas regiões nas latitudes elevadas. O motivo da tormenta é o aumento da pressão do vento solar, provocada por um enorme buraco na coroa solar.

Buraco Coronal em junho de 2013

Os buracos coronais são regiões da coroa onde a densidade do plasma (gás aquecido a milhares de graus) é menor que nas áreas adjacentes. Nos buracos, as linhas do campo magnético são unipolares e abertas e não conseguem manter o plasma aprisionado, que escapa em direção ao espaço em altíssima velocidade. Isso aumenta a pressão do vento solar.

Quando as áreas onde se localizam os buracos coronais estão voltadas para a Terra, verifica-se um aumento na atividade geomagnética causada pelo impacto mais intenso das partículas do vento solar na ionosfera. Isso faz o índice KP que mede a instabilidade nesta região se elevar, configurando um quadro conhecido como tempestade geomagnética.

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Algumas vezes, o buraco coronal ejeta o plasma de forma súbita, criando uma onda de choque dentro do fluxo contínuo do vento solar. Essa onda de choque, quando atinge a Terra, pode fazer a tormenta se prolongar por diversas horas e com intensidade bem acima do normal.

Aurora Boreal

Normalmente, o fluxo de o vento solar oscila entre 300 km/s e 400 km/s, mas pode bater facilmente a casa dos 800 km/s quando um buraco coronal está pressionando o fluxo de partículas.

Às 17h15 BRT de sábado, a velocidade de o vento solar era de 607 km/s, mas durante todo o período variou bastante, com picos atingindo a marca de 690 km/s.

Devido à tempestade geomagnética, diversas auroras polares foram observadas, como essa registrada na noite de sexta-feira pelo fotógrafo Brad Goldpaint, próximo ao Crater Lake National Park, no estado americano do Oregon.


Fotos: no topo, foto do observatório solar SDO mostra o gigantesco buraco coronal que provocou a elevação súbita da velocidade do vento solar. Acima, aurora boreal registrada pelo fotógrafo Brad Goldpaint, em 31 de maio de 20113. Créditos: NASA/SDO, Brad Goldpaint, Apolo11.com.

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