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Segunda-feira, 02 Nov 2015 - 09h55

Estudo mostra que o Sol é esfera mais perfeita da natureza

Que o Sol é uma bola redonda, todo mundo sabe. No entanto, por girar muito rápidamente deveria ter o diâmetro equatorial maior que o polar, mas um novo estudo mostra que isso não acontece, o que torna o nosso Sol o objeto mais esférico já observado na natureza.

Sol do Halloween, registrado em H-alpha a partir do Observatorio Solar Apolo11, em 31 de outubro de 2015.
Sol do Halloween, registrado em H-alpha a partir do Observatório Solar Apolo11, em 31 de outubro de 2015. - Clique para ampliar


Por ser uma bola de gás em movimento de rotação muito forte, a região mais próxima do equador solar deveria ser mais alongada que nos polos, similar ao que acontece em Júpiter onde a alta taxa rotação (uma a cada 10 horas) faz o gigante gasoso ser quase 7% maior no equador do que nos polos.

Após diversos anos realizando medições do disco solar uma equipe de pesquisadores estadunidenses realizou uma medição extremamente precisa da suposta protuberância equatorial e os resultados foram inesperados. De acordo com os resultados, o Sol não gera a protuberância esperada e a diferença entre o diâmetro polar e equatorial é de apenas 10 km.

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Nossa estrela tem 1.4 milhões de quilômetros de diâmetro e se redimensionarmos suas medidas para o tamanho de uma bola de praia essa diferença não chegaria nem à largura de um fio de cabelo humano. "Nós ficamos chocados", disse o astrofísico Jeffrey Kuhn, ligado à Universidade do Havaí e autor do estudo publicado na revista Science.

Para termos uma ideia do que isso significa, apenas uma esfera artificial de silício criada especialmente como padrão de pesos é conhecido por ser a mais perfeita.


Anos de tentativas
Os resultados do trabalho é a culminação de mais de 50 anos de tentativas de medir o Sol com precisão, quase sempre prejudicadas pela presença da atmosfera da Terra, que distorcia as imagens. "Finalmente, conseguimos fazê-lo a partir do espaço", diz Kuhn.

Para realizar as medições a equipe de utilizou dados do satélite SDO, Laboratório de Dinâmica Solar, da Nasa, que precisou ser reorientado diversas vezes para registrar as mínimas variações da superfície da estrela.

As observações são fundamentais para a compreensão do interior do sol, que gira em velocidades diferentes da mesma forma que o tráfego em uma autoestrada. Esta distribuição assíncrona de velocidade pode ser inferida a partir das medições do formato da estrela e também do modo como ela oscila. A nova medição mostra que as camadas exteriores do Sol se movem mais lentamente do que o esperado, o que segundo Kuhn pode ser causado pela turbulência abaixo da superfície.

A equipe também procurou por mudanças na largura do Sol ao longo de um período de dois e que pudesse estar relacionada ao ciclo solar de 11 anos, mas descobriram que se essas variações estão lá, são muito pequenas para serem detectadas.

Kuhn avisa que novas surpresas podem estar escondidas, já que Sol muitas vezes confunde aqueles que tentam prever o seu comportamento. "Cada vez que observamos o Sol sentimos que fomos enganados. E isso é maravilhoso!", afirma Kuhn.


Foto: Sol do Halloween, registrado em H-alpha a partir do Observatorio Solar Apolo11, em São paulo, em 31 de outubro de 2015. Crédito: Apolo11.com/Rogério Leite

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