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Quarta-feira, 20 nov 2013 - 10h19
Por Rogério Leite

Nasa coloca em orbita 29 satélites, entre eles um smartphone

A Nasa colocou em órbita nada menos que 29 satélites, a maior quantidade de artefatos já lançada em uma única missão. Entre os objetos estão um satélite militar e 28 cubesats, um deles controlado por um smartphone.

Lançamento de foguete Minotauro
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O lançamento ocorreu as 23h15 BRT de terça-feira (19/nov/2013) através de um foguete militar de quatro estágios do tipo Minotauro 1, disparado a partir da base de Wallops, localizada na costa Leste do estado da Virgínia. O objetivo principal do lançamento foi iniciar a missão ORS-3, colocando em orbita o satélite militar STPSat-3, de 55 milhões de dólares.

Além do STP-3, o foguete levou ao espaço nada menos que 28 satélites do tipo "cubesat", microssatélites com até 10 centímetros de lado e construídos por diversas instituições diferentes. Entre os objetos está o TJ3Sat, o primeiro satélite projetado e construído totalmente por estudantes universitários.

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Smartphones
Além do TJ3Sat, outro artefato levado ao espaço foi o PhoneSat 2.4, um satélite que usa como computador de bordo o hardware de um telefone celular comum do tipo smartphone. O projeto é do Centro de Pesquisas Ames, da Nasa, e tem como objetivo demonstrar as capacidades de se construir pequenos satélites baseados nos atuais smartphones.

Phonesat
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A Nasa já tinha colocado dois satélites em orbita baseados neste tipo de tecnologia, mas o PhoneSat 2.4 deverá operar em uma altitude muito mais elevada que seus predecessores, permitindo que permaneça no espaço por pelo menos dois anos antes de reentrar na atmosfera.

O uso de smartphones como computador de bordo passou a ser interessante a partir do momento em que mais e mais sensores foram inseridos no mesmo hardware, entre eles os acelerômetros, sensores de posição, magnetômetros, termômetros e GPS, além de processadores cada vez mais velozes e sofisticados. O interfaceamento com o cubesat permite, por exemplo, controlar a atitude do satélite, corrigindo a posição física do objeto dentro da orbita.

Para o diretor do programa de Phonesats da Nasa, Andrew Petro, outra vantagem do uso de smartphones a bordo de satélites é que essa indústria vem crescendo a passos largos e as inovações surgem muito rapidamente e em tamanhos cada vez menores.

Segundo Petro, um dos próximos objetivos será colocar em orbita oito satélites desse tipo, formando uma rede de monitoramento de clima.


Relâmpagos e Raios Gama
Outro cubesat que foi colocado em orbita foi o Firefly, cujo objetivo é estudar os relâmpagos ao redor do globo e também sua interação com os chamados "raios gama terrestres", ou TGFs.

A Terra experimenta cerca de 50 relâmpagos por segundo e diversos detalhes sobre sua ocorrência e formação ainda permanecem um mistério, inclusive a possibilidade de estarem ligados aos extremamente poderosos pulsos de raios gama terrestres.

A radiação gerada por um relâmpago é tão intensa que ele pode gerar antimatéria e pulsos de raios gama a poucos quilômetros do solo. Esse fenômeno foi pela primeira vez observado na década de 1990 pelo satélite Compton, da Nasa, que além de detectar os raios gama vindos do espaço profundo, geralmente provenientes de explosões supernovas, também detectou que eles eram produzidos na Terra.

Com o lançamento do Firefly espera-se entender como esse fenômeno ocorre em nosso planeta, uma vez que a aceleração de partículas para a produção de raios gama exige quantidades de energia descomunais, só observadas na natureza em eventos de incrível violência como as explosões de estrelas.


Fotos: no topo, lançamento do foguete Minotauro 1 em 19 de novembro de 2013, tendo a bordo nada menos que 29 satélites. Em seguida, imagem mostra o PhoneSat 2.4, satélite de apenas 10 cm de lado e controlado por smartphone. Acima, vídeo institucional mostra um pouco da missão Firefly. Créditos: Nasa, Apolo11.com.

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