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Quinta-feira, 2 fev 2012 - 07h33

Raios cósmicos podem ser a causa da perda da nave Phobos-Grunt

A agência espacial russa, Roscosmos, confirmou que a perda da nave interplanetária Phobos-Grunt ocorreu devido a uma pane em um dos computadores de bordo. Agência também descartou a hipótese de sabotagem ou sobrecarga causada por sinais de radares norte-americanos.

As informações foram divulgadas na terça-feira, dia 31, pelo diretor da Roscosmos, Vladimir Popovikin, que também descartou as versões divulgadas extraoficialmente por analistas russos, que sustentavam que a nave havia sido atingida por pulsos de radar.

As declarações de Popovkin jogam por terra as versões que circularam nos meios de comunicação e que levantaram a suspeita de que a falha havia sido causada por emissões de radares de vigilância norte-americanos localizados nas Ilhas Marshall, no oceano Pacífico.

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Segundo um militar russo, a sonda teria sido atingida por poderosos pulsos eletromagnéticos emitidos por esses radares alguns minutos depois de ser lançada. No entanto, cálculos orbitais feitos pelo Apolo11-Satview descartavam essa possibilidade, já que naquele dia sonda não estava ao alcance dos radares mencionados.


Raios Cósmicos
De acordo com Popovkin, a causa mais provável da falha foi um intenso bombardeio de partículas pesadas proveniente do espaço cósmico. "Ao que tudo indica, dois módulos computadorizados reiniciaram e ficaram em stand-by à espera de ordens, mas algumas falhas impediram que a nave obedecesse essas ordens".

Popovkin não disse como os investigadores chegaram a essa conclusão, mas provavelmente se basearam nos blocos de dados de telemetria que foram recebidos pela Agência Espacial Europeia, ESA, durante as tentativas de contato. A autoridade também não explicou os motivos que impediram o contato permanente com a sonda, já que a ESA havia conseguido acionar o transmissor de bordo da nave.

Alexander Zakharov, especialista no Instituto de Pesquisa Espacial da Rússia e um dos responsáveis pela construção da Phobos-Grunt, também descartou a hipótese de que pulsos de radar tenham danificado a sonda. Segundo o cientista, é muito pouco provável que os EUA tenham radares tão poderosos, capazes de interferir e danificar um satélite a mais de 200 km de altitude. "Você pode ter um monte de suposições exóticas, mas primeiro é preciso olhar o próprio equipamento e verificar suas falhas", disse Zakharov.


Histórico
A Phobos-Grunt foi lançada no dia 8 de novembro de 2011 da base de lançamentos de Baikonur, na Rússia. O objetivo da nave era pousar na lua marciana Phobos, coletar material e retornar à Terra alguns meses depois, mas uma falha impediu que os foguetes propulsores fossem acionados sobre o Brasil, impedindo que a Phobos deixasse a orbita da Terra.

De acordo com fonte do ministério da defesa russo, a sonda Phobos-Grunt reentrou na atmosfera terrestre exatamente às 15h45 BRT (17h45 UTC) do dia 15 de janeiro de 2012, sobre as coordenadas 96.4 W e 48.9S, aproximadamente a 1250 quilômetros a oeste da ilha de Wellington, ao largo da costa do Chile.

Saiba tudo sobre a missão Phobos-Grunt


Artes: no topo, sonda Phobos-Grunt durante testes no Centro Espacial NPO Lavochkin, na Rússia. No vídeo, simulação da missão Phobos-Grunt e sua reentrada na atmosfera. Crédito: Lavochkin Association, AGI Space Models, Apolo11.com.

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