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Quarta-feira, 3 out 2007 - 10h31

Sputnik: 50 anos de Era Espacial - Parte 3

Do ponto de vista dos EUA, o fato mais importante do ano de 1958 foi de ordem puramente organizacional, quando a nação criou um órgão para cuidar unicamente do desenvolvimento espacial e aeronáutico - a Nasa, sob a direção do Dr. Keith Glennan.

Menos de um ano depois do início da Era Espacial, os EUA tinham em mente chegar até a Lua e lançaram até ela três sondas - os Pionner 1, 2 e 3 - lançados ao final de 1958. Em 1959 os soviéticos também fizeram um disparo rumo ao satélite usando a sonda Lunik (disparo à Lua), mas não obtiveram sucesso. A Lunik mudou de trajetória e se tornou o primeiro satélite a entrar na órbita do Sol. Dois meses depois os EUA lançaram o Pioneer 4, que desviou-se cerca de 60 mil km da Lua e também entrou na órbita do Sol.

A supremacia soviética veio novamente marcar pontos. Em 12 de setembro de 1959 os russos lançaram uma sonda Lunik que acertou em cheio a Lua e algumas semanas depois o Lunik 3 entrou para a história, ao enviar para a Terra as primeiras fotografias do lado escuro da Lua.

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Zoológico no espaço
A exemplo da cadela da raça Laika, russos e americanos continuaram enviando diversos animais ao espaço. Ratos, moscas, macacos, baratas. Tudo era colocado nas cápsulas e literalmente catapultado.

Os soviéticos avançavam e já tinham acumulado grandes conhecimentos sobre os efeitos da reentrada e como fazer para vencer as altas temperaturas nesta fase de retorno. Diversos animais já haviam sido usados como cobaias, entre eles as cadelas Strelka e Belka, que também retornaram em segurança após orbitarem a Terra. Ironicamente, depois de retornar à Terra, Strelka foi mãe de seis cachorrinhos, um dos quais foi dado de presente ao presidente americano John Kennedy. Pura provocação!

Os americanos também faziam suas experiências e em janeiro de 1961 enviaram ao espaço o chipanzé Ham, que foi lançado a 670 km de altitude, e também regressou em perfeitas condições de saúde.


O Homem vai ao espaço
Lançar animais ao espaço já tinha virado rotina aos dois países e dois meses após o lançamento do macaco Ham, os soviéticos deram um importante salto na conquista do espaço e fizeram do dia 12 de abril de 1961, uma das mais importantes datas comemorativas da epopéia humana rumo ao desconhecido. Nesta data, o major Yuri Alekseyevich Gagarin tornou-se o primeiro ser humano a atingir o espaço interplanetário e de dentro de sua cápsula Vostok 1, encantava o mundo com uma das mais célebres frases do século 20: "A Terra é Azul!".

O feito de Gagarin acelerou ainda mais a disputa e no dia 5 de maio de 1961, um mês após o vôo russo, os americanos também lançaram um homem ao espaço. Pela televisão, milhões de pessoas acompanharam o lançamento do astronauta Alan Shepard, em seu vôo sub-orbital de apenas 15 minutos, inferior ao de Gagarin, mas grande o suficiente para levar Shepard ao posto de primeiro herói americano da Era Espacial.

O primeiro vôo orbital dos EUA só aconteceu nove meses após o feito de Shepard, em de 20 de fevereiro de 1962, quando John Glenn se tornou o primeiro americano a orbitar a Terra. Muitos anos depois, em 29 de outubro de 1998, Glenn participou de uma experiência de avaliação do comportamento de pessoas de terceira idade no espaço e aos 77 anos voltou pela segunda vez à órbita terrestre, desta vez como membro da tripulação do ônibus espacial Columbia.

A corrida continuava e cada país, ao seu modo, queria demonstrar sua superioridade e vanguardismo. Em junho de 1963 a União Soviética mostrava ao mundo que o espaço não era coisa somente para os homens e para provar isso fez da russa Valentina Tereshkova, de apenas 26 anos de idade, a primeira mulher a ir ao espaço.


Avanços e mais avanços
A conquista do espaço avançava a passos tão largos que em menos de seis anos desde o lançamento do Sputnik, o nível tecnológico já permitia levar e trazer pessoas do espaço com bastante segurança.

Apesar do grande sucesso dos soviéticos, eram os americanos quem faziam melhor aproveitamento dos lançamentos e acumulavam informações de uso prático e imediato. Em 1963 os americanos já iniciavam as primeiras experiências de retransmissão de rádio e TV usando satélites. Em 1965 o Mariner 4 fotografou com sucesso a superfície de Marte e os ensaios de passeios e acoplamento espacial estavam se tornando freqüentes. Os satélites da série Tiros já eram uma realidade e enviavam diversas imagens meteorológicas para a Terra, dando um grande salto na qualidade da previsão do tempo. Em 1966 a sonda soviética Venera 3 atingiu pela primeira vez a órbita de Vênus e naves interplanetárias estavam se tornando normais.

Não havia mais limites para as possibilidades da nova Era, e dar voltas ao redor da Terra já era corriqueiro demais. Novos desafios eram necessários.

As bases teóricas estavam disponíveis e dinheiro, muito dinheiro, também não era impecilho. Agora o problema não estava mais na Terra e sim lá em cima, mais precisamente a 384 mil quilômetros de distância. Levar o Homem até lá não era questão somente de tecnologia e cálculo, mas de força bruta. Ir até a Lua seria um "Grande salto para a Humanidade".

Fotos: No topo, Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço. Na realidade a foto é um painel exposto no Centro Espacial Goddard da Nasa, em homenagem ao major russo. A segunda imagem mostra a cápsula Vostok 1, pilotada por Gagarin, logo após regressar à Terra. A terceira cena mostra o astronauta americano Alan Shepard, cercado dos astronautas Deke Slayton eJim Lovell. Acima a cosmonauta russa Valentina Tereshkova, a primeira mulher a ir ao espaço.

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