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Segunda-feira, 6 mar 2006 - 08h40

Estudo mostra que terremoto igual ao de Sumatra pode ocorrer em outros lugares

O violento terremoto de 9.3 graus Richter, ocorrido no oceano Índico em dezembro de 2004, foi sem dúvida um dos piores desastres naturais da história, principalmente devido ao desencadeamento da gigantesca onda que atingiu todos os países banhados pelo índico.

Na ocasião do evento, um grupo de geólogos e geofísicos determinou a dimensão da faixa de ruptura que provocou o abalo.

Recentemente, novos estudos da equipe foram publicadas na revista Nature e sugerem que as teorias anteriores sobre onde podem ocorrer terremotos gigantes devem ser mudadas. De acordo com o estudo, regiões que antes se acreditava imunes a esses eventos podem também correr perigo, incluindo a região do Caribe.

A maior parte dos eventos de grande intensidade, como o de Sumatra, na Indonésia, ocorre em áreas chamadas de subdução, onde as placas que compõem a crosta terrestre, conhecidas como placas tectônicas, deslizam uma abaixo da outra. No caso do terremoto de Sumatra, as placas indiana e australiana mergulham por baixo da placa do sudeste da Ásia.

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A local da falha onde se deu a ruptura não pode ser visto diretamente, já que se encontra a vários quilômetros abaixo do leito oceanico.

Mesmo estando abaixo da superfície marinha, a violenta energia liberada no momento da ruptura causou também movimentos na superfície. Usando três técnicas diferentes, os cientistas mediram esses movimentos, incluindo comparações através de fotos de satélites e mudança de posições continentais em estações de GPS na região do Índico.

Com base nesses dados, os cientistas concluíram que o evento que disparou o tsunami de 2004 foi causado pela ruptura de uma faixa de mais de 1.600 km do ponto de contato entre as placas. A largura da região da superfície que se rompeu chegou a 150 km.

Até 2004, o que se sabia era que o terremoto não deveria ter ocorrido, já que a região da crosta da Terra naquele ponto do ocenao, é densa e antiga e o movimento relativo entre as placas é lento. Até então a teoria era de que terremotos gigantes só são possíveis se uma das placas envolvidas é jovem e tem baixa densidade, e se o movimento relativo entre as placas tectônicas é alto.

A conclusão é que muitas áreas de subdução, antes consideradas seguras, terão de ser reavaliadas. Os pesquisadores citam por exemplo o caso das Ilhas Ryukyu, entre o Japão e Taiwan e também alertam que pode ser um erro considerar livre de terremotos a região caribenha que vai de Trinidad a Barbados e Porto Rico.


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