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Terça-feira, 29 mar 2005 - 09h01

Número de mortos do terremoto aumenta e pode passar de 3 mil

Ainda não existem números oficiais do total de mortos causado pelo terremoto desta segunda-feira, ocorrido em alto-mar, próximo à costa oeste de Sumatra. Até o momento mais de 300 vítimas fatais já foram confirmadas nas ilhas próximas ao epicentro, principalmente na ilha de Nias, a oeste de Sibolga.

Falando a uma rádio local, o presidente da Indonésia, Jusuf Kalla, disse que mais de 2 mil pessoas podem ter morrido vítimas do tremor, que também pode ser sentido com muita intensidade na Malásia, Singapura e em Bangkok, na Tailândia, segundo informações da agência de notícias Associated Press.

Helicópteros com suprimentos foram enviados às ilhas de Nias e Simeulue, onde existem informações de grandes prejuízos.

O terremoto desta segunda-feira disseminou o pânico em diversos países banhados pelo oceano Índico, três meses após o mega terremoto que matou quase 300 mil pessoas em mais de 15 países da região.

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Prevendo a possibilidade de tsunamis gigantes, a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica - NOAA - dos EUA, recomendou aos governos dos países banhados pelo Índico, que os residentes em um raio de mil quilômetros do epicentro evacuassem as regiões costeiras.

Por que este terremoto não provocou tsunamis?
"Esse é um dos grandes mistérios da sismologia", disse Caroline Bell, porta-voz do USGS, Instituto de Pesquisas geológicas dos EUA.

"Temos esperança que com o aumento do sistema de monitoramento no Atlântico, Caribe e em outras partes do mundo, nós possamos determinar porque alguns terremotos am alto-mar provocam tsunamis e outros não".

O terremoto desta segunda-feira foi localizado a 100 km ao norte da mesma linha de falha do terremoto de 26 de dezembro, que provocou ondas gigantes e provocou a morte de quase 300 mil pessoas.

"Esse terremoto parece ser um irmão gêmeo do sismo de 26 de dezembro", disse Kerry Sieh, professor de geologia do Caltech - Instituto de Tecnologia da Califórnia. "Não é uma cópia. Este ocorreu um pouco mais ao sul, mas é o mesmo tipo de abalo, causado pelas mesmas características tectônicas", disse.

O terremoto de dezembro de 2004 registrou uma magnitude de 9.0 graus na escala Richter, o maior abalo em 40 anos. A magnitude do terremoto desta segunda-feira ficou entre 8.5 e 8.7 graus, de acordo com diversas agências de monitoramento, mas causou somente ondas menores.

De acordo com o USGS, uma elevação de maré um pouco mais significativa foi observada nas ilhas Cocos, na região leste oceano Índico, mas seu tamanho é incerto.

Robert Cessaro, do centro de alertas de tsunamis do Pacífico, PTWC, disse que a energia deste terremoto deve ter se propagado em direção sul, ao contrário do abalo de dezembro de 2004.

"Toda a pressão em sentido norte deve ter sido aliviada pelo terremoto", disse Cessaro.

Os tsunamis podem ocorrer devido a vários fatores, desde deslizamentos no fundo do mar ou massivos deslocamentos da crosta terrestre. Os vulcões também podem causar fortes tsunamis que podem atingir mais de 10 metros de altura e se propagar por milhares de quilômetros. Após examinar a linha da falha de um terremoto, os geólogos podem determinar o que de fato ocorreu.

Mas "isso não nos ajuda a prever se um terremoto pode ou não produzir um tsunami", disse Caroline Bell.

Uma das teorias mais aceita é que a leitura dos comprimentos de onda produzidas pelos terremotos - em outras palavras, a freqüência que o chão "vibra", pode indicar a formação de um tsunami, mas isso ainda é incerto. "Para se prever os tsunamis é preciso encontrar o mecanismo sísmico de disparo das ondas. Esse é o nosso objetivo", disse Bell, do USGS.

Mesmo sabendo que a magnitude de um terremoto pode ser determinante para causar tsunamis, nem sempre é um indicador preciso do potencial de se produzi-lo.

As linhas de falhas, a região na qual as placas tectônicas se encontram podem ter milhares de quilômetros de extensão e os terremotos podem ocorrer de diversas formas ao longo de qualquer ponto da falha. Isso faz as previsões serem tão difíceis.

Como as ondas dos tsunamis se propagam a 800 km/h, existe a possibilidade de se disparar alarmes com antecedência para as regiões costeiras, antes que cheguem às praias. Isso é o que países ricos e estruturados de fato fazem. No entanto, países pobres, que têm infra-estrutura deficiente, podem levar muito tempo para evacuar as áreas de risco.

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