Batizada de 2012 DA14, a rocha move-se no espaço à incrível velocidade de 28 mil km/h e caso atingisse a Terra liberaria a mesma energia da explosão de 2.5 milhões de toneladas de TNT. Isso equivale a 130 vezes a potência da bomba atômica que destruiu a cidade de Hiroxima em 1945.
Em 1908, um cometa ou asteroide de dimensões similares explodiu na atmosfera da Terra acima da região do rio Tunguska, na Sibéria e varreu mais de 2 mil km quadrados de árvores. Esse evento ocorreu às 07h17 da manhã e se tivesse atingido o planeta cinco horas mais tarde destruiria por completo a cidade de São Petersburgo, na época capital do Império Russo.
Segundo relatos da época, a luminosidade foi tão intensa que era possível ler livros na cidade de Londres, há mais de 10 mil quilômetros de distância. Cálculos posteriores mostraram que a onda de choque circundou a Terra por duas vezes através da atmosfera.
De acordo com Don Yeomans, cientista-chefe do NEO, Laboratório de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, caso o asteroide 2012 DA14 atingisse a Terra produziria um efeito muito semelhante ao evento de Tunguska.
O choque não aconteceria diretamente contra a superfície, já que a atmosfera terrestre "frearia" a rocha. Isso provocaria o superaquecimento do asteroide fazendo-o explodir em centenas de fragmentos, provocando uma violenta onde de choque. Segundo Yeomans, durante o evento de Tunguska a temperatura do ar ao redor da rocha pode ter chegado a 24 mil graus Celsius.
Devido à grande interação gravitacional entre a Terra e o asteroide, os programas tradicionais de astronomia como Stellarium, Cartes du Ciel, etc, não podem prever com exatidão os momento próximos da máxima aproximação e apenas fornecem uma estimativa das posições esperadas.
A NASA, através do Marshall Space Flight Center, rastreará o asteroide e transmitirá as imagens ao vivo do evento a partir dos EUA, mas devido ao horário da passagem as transmissões começarão a partir da meia-noite do dia 16, sete horas após a aproximação máxima, mesmo assim com o asteroide ainda muito próximo da Terra.
Outros telescópios situados em localidades escuras também tentarão rastrear a rocha, mas ainda não temos a confirmação sobre as transmissões em tempo real.
De qualquer forma, o Apolo11 retransmitirá ao vivo as imagens geradas pelo telescópio da NASA. Além disso, colocaremos à disposição dos internautas para um chat para bate-papo e troca de informações sobre o evento.