O objeto surgiu de forma visível nas imagens captadas pelo instrumento LASCO C3 (imagem azul) às 06h00 UTC do dia 23 de abril e penetrou no campo de visão do instrumento LASCO C2 (imagem laranja) às 09h00 UTC do dia 24.
Diversos fragmentos desse cometa passam próximo ao Sol diariamente e se desintegram, mas como são muito pequenos não são detectados. No entanto, alguns pedaços maiores, como o registrado agora, chamam a atenção e podem ser registrados pelo telescópio.
Normalmente, os fragmentos da família Kreutz não são muito grandes, com cerca de 500 metros de diâmetro e se desintegram a aproximadamente 200 mil km de altitude. No entanto, alguns cometas com núcleos maiores que 1 km podem sobreviver à aproximação, quase sempre mortal.
Os objetos da família Kreutz recebem esse nome em homenagem ao jovem astrônomo Dirk Peeters Kreutz, que no século 19 descobriu o cometa.
Entretanto, a maioria dos cientistas acredita o efeito visual do impacto nada mais é que a sublimação do gelo do cometa, uma vez que o ao atingir determinada altitude o fragmento se rompe e é consumido quase que instantaneamente pelo calor da estrela. Sublimação é o fenômeno que ocorre quando um material passa imediatamente do estado sólido para o estado gasoso.