No entanto, se para as autoridades aeronáuticas o lançamento é considerado um sucesso, para os cientistas que viram seus experimentos se perderem no oceano Atlântico a operação é um completo fracasso.
A perda da carga útil, aproximadamente a cinco quilômetros da plataforma de lançamento está envolta em mistério e falta de informação. Diversos pesquisadores cobram maior transparência das autoridades responsáveis pelo lançamento e acreditam que houve falta de empenho no resgate dos experimentos dentro do módulo de carga.
O grau de dificuldade envolvido na operação é alto. São diversos mecanismos que devem operar de forma sincronizada e a geração constante de sinais telemétricos é a única forma de monitoramento dos parâmetros durante o vôo. A perda ou falha na telemetria é grave, já que deixa às cegas os operadores em terra. Por isso, as autoridades precisam informar com maior clareza uma série de detalhes que continua sem uma explicação convincente.
Segundo informações oficiais, foram feitas cinco tentativas de resgate em círculos concêntricos. Em nenhuma das operações observou-se qualquer sinal da carga. Se de fato o pára-quedas não abriu, a carga com os experimentos deve ter se chocado com o mar e afundado mais de 2500 metros. No mesmo dia do lançamento, outra nota informava que estudos técnicos seriam feitos para se descobrir os motivos da falha dos sinais, mas até agora não houve qualquer pronunciamento.
Enquanto a resposta não vem, continuam as especulações sobre o que realmente aconteceu e o que fazer para corrigir os procedimentos e evitar novas falhas.