Durante o período de medição cerca de 49% da Amazônia Legal esteve coberta por nuvens, o que impediu que as imagens de satélites mostrassem maiores áreas desmatadas. Os números divulgados impressionam e quando somado aos valores dos meses anteriores vemos que durante os últimos 12 meses a floresta amazônica perdeu 9376 km2 de área verde, o que equivale a seis vezes o tamanho da capital paulista.
Do total verificado em maio, 646 km2 correspondem ao Estado do Mato Grosso, e é 19% menor quando comparado a abril, que apresentou 794 km2. No Pará foram identificados 262 km2, contra 1.3 km2 no mês de abril. Esse aumento é explicado pela área coberta por nuvens, já que em abril 11% do Pará pôde ser visto pelos satélites, enquanto em maio o campo de visão aumentou para 41%.
Para as estatísticas de maio o INPE analisou 18 imagens feitas pelo satélite LANDSAT durante órbitas sobre os estados do Mato Grosso, Pará, Rondônia e Amazonas. Foram avaliados 241 polígonos de desmatamento, representando 544 km2 da área total dos polígonos do mês de maio (1.096 km2). Do total avaliado, 88% foram confirmados como desmatamento, sendo 60% desmatamento tipo corte raso e 30% de degradação florestal.
No entanto, o sistema tem suas limitações e apenas polígonos de desmatamento superiores a 25 hectares, podem ser detectados. Essas limitações estão relacionadas à resolução dos sensores espaciais dos satélites empregados e principalmente pela cobertura de nuvens fazendo com que nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares possam ser identificados, deixando de fora diversas propriedades de pequeno porte.