Embora a crise econômica seja apontada como a principal queda do turismo na região, ambientalistas tentam limitar as visitas a fim de controlar melhor a interferência humana no continente.
Navegadores chegaram pela primeira vez na Antártida em 1820 e até 1980 havia menos de mil visitantes por ano. O interesse pelo continente cresceu não só por cientistas e estudiosos, mas também por turistas interessados em ver bem de perto geleiras, icebergs, pingüins e focas.
A preocupação dos ambientalistas se estende aos naufrágios, vazamentos de petróleo e as conseqüências sobre a vida animal e vegetal na região. Isso sem falar, nos efeitos do aquecimento global que são visíveis no continente.
O aumento no número de visitantes está no contexto do aquecimento global. A presença de visitantes amplia os riscos ao meio ambiente, declarou Yves Frenot, vice-diretor do Instituto Polar Francês.
A Coalizão do Oceano Antártico e Meridional, que reúne 100 ONGs ambientais defende a restrição do turismo na Antártida. Já as operadoras de turismo garantem que cumprem padrões rígidos para levar os visitantes.
A maioria dos turistas visita a Península Antártida no Hemisfério Sul. Essa é a região que mais se aqueceu nos últimos 50 anos. Poucos turistas se arriscam para o interior, onde as temperaturas podem ficar abaixo de -40ºC mesmo no verão.