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Antártida: novo Instituto estudará mudanças ambientais

Quarta-feira, 01 abr 2009 - 18h03
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O recém-criado Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT APA) iniciou formalmente suas atividades nesta quarta-feira. Uma boa notícia para os tempos de crise.

O Instituto é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia e conta com a participação de mais de 40 cientistas ligados a 16 órgãos, como por exemplo, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O novo órgão do governo vai trabalhar em colaboração com outros, como o da Ciência e Criosfera, o de Transferência de Materiais Continente e Oceano e ainda o de Mudanças Climáticas.

Neusa Paes Leme, pesquisadora do INPE será a responsável por coordenar o módulo sobre atmosfera antártica e os impactos ambientais na América do Sul.

O principal objetivo do Instituto é estudar as mudanças climáticas que ocorrem na Antártida. Seu campo de estudo será a Ilha Rei George, onde está instalada a Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz.

Essa é uma região bastante sensível às variações climáticas e o estudo de suas particularidades pode trazer respostas às mudanças globais do clima.

Dados meteorológicos indicam um rápido aumento na temperatura atmosférica local nos últimos 50 anos, quatro vezes maior que a média mundial. Nesse período, a ilha perdeu 7% de sua cobertura de gelo, sendo a maior perda já observada no planeta. Foram 7 mil quilômetros quadrados de gelo.

Novos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia estão sendo criados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. A iniciativa resultou até agora em 123 projetos que terão recursos do governo na ordem de R$ 581 milhões para os próximos cinco anos.

Foto: Imagem panorâmica mostra Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, localizada na ilha Rei George.

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