Atualmente, cerca de 1700 fragmentos dos dois satélites estão sendo monitorados pelas agências espaciais e à medida em que o reentram na atmosfera produzem bolas de fogo que variam de brilho de acordo com o tamanho de cada fragmento. A quantidade de detritos é tamanha que entre dois e quatro pedaços penetrem na atmosfera da Terra toda semana.
Para saber quando e onde essas reentradas ocorrerão, estamos colocando à disposição do público uma nova ferramenta de rastreio que permitirá acompanhar e prever o trajeto desse lixo espacial e também avaliar se um determinado objeto luminoso visto em alguma localidade pode ter sido provocado por um desses fragmentos.
Utilizando uma combinação de modelos de decaimento orbital, a previsão do Satview.org leva em consideração, entre outros parâmetros, o fluxo solar atual e sua possível evolução nos próximos dias, permitindo que a estimativa da queda possa ser prevista com margem de erro de até 8 horas.
É importante salientar que por serem reentradas descontroladas, não existem previsões oficiais sobre quando e onde elas ocorrerão, sendo que as agências espaciais só emitem notas com poucas horas de antecedência. Entretanto, a boa qualidade da modelagem utilizada já permite avaliar com bastante precisão o trajeto dos fragmentos e fornecer uma estimativa confiável sobre o possível local de reentrada.
Para rastrear todo esse lixo espacial e saber quando e onde eles poderão cair, basta acessar o site satview.org
e escolher a opção "Lixo espacial". O aplicativo é totalmente gratuito e muito fácil de usar.
Arte: Imagem mostra a tela de rastreio do aplicativo Satview, com diversos fragmentos de lixo espacial prontos para reentrarem na atmosfera. Créditos: Apolo11/Satview.