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Apolo11 registra proeminência dançando no limbo solar

Quinta-feira, 16 abr 2015 - 18h04
Por Rogério Leite
Uma cena bastante curiosa foi registrada nesta manhã pelo Observatório Apolo11. Através de telescópio especial pudemos registrar por 90 minutos uma enorme labareda de plasma ardendo no topo da estrela, a uma altura superior a 60 mil km de altitude.

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As proeminências são bastante comuns de serem observadas e fazem parte quase constante da tradicional paisagem da borda solar. São estruturas enormes e brilhantes, geralmente na forma de laços, árvores ou loops.

Essas estruturas são muito altas. Formam-se na superfície do Sol - a fotosfera - e se projetam por milhares de quilômetros de altura, indo além da coroa solar.

São mantidas coesas em virtude do intenso campo magnético que as cercam, mas devido a instabilidades podem se romper e ejetar sua massa em direção ao espaço. Quando a velocidade da ejeção não é forte o suficiente para escapar do domínio gravitacional do Sol, o plasma retorna à superfície na forma de chuva incandescente.

Uma proeminência pode se formar em apenas um dia e se manter estável por longos períodos. A massa de gás contida dentro de uma proeminência é tipicamente da ordem de 100 bilhões de toneladas de matéria.

Quando as proeminências são observadas na superfície do Sol, ao invés da borda, recebem o nome de filamentos e são distinguidos facilmente por apresentarem traços longos e escuros. Não é incomum essas feições atingirem mais de 500 mil km de extensão.

A cena mostrada foi registrada na manhã de quinta-feira, 16 de abril de 2015 e foi obtida com auxílio de um telescópio especial, capaz de registrar o Sol no comprimento de onda h-alpha. Neste seguimento do espectro observa-se a cromosfera solar, onde o hidrogênio da estrela atinge mais de 10 mil graus de temperatura.

Ao todo, a animação compreende 90 minutos da atividade do Sol.

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