"Não voaremos novamente até estarmos prontos", disse Bill Parsons, manager do programa de ônibus espaciais. Um porta-voz da Nasa interrogado não soube informar sobre o tamanho da pedaço que caiu da nave, mostrado por câmeras instaladas no Discovery.
A maior parte das modificações realizadas pela agência espacial para evitar que se repita a tragédia do Columbia tinha por objetivo reduzir ao máximo os restos de material isolante e de gelo que saem do tanque externo, cujo conteúdo é hidrogênio e oxigênio líquido a baixa temperatura
<
Durante os dois primeiros minutos de subida do Discovery, a agência espacial norte-americana (Nasa) notou o desprendimento de um pequeno pedaço de cerâmica e de uma peça maior não-determinada. O dano será avaliado pelo sistema de órbita, um sensor laser e uma câmara infra-vermelha na parte de trás do braço de 15 metros, de fabricação canadense, acionado por um robô nas pontas das asas e na frente do ônibus espacial.
A operação se divide em três etapas de uma hora e meia cada. Os dados e as imagens, reunidas pelas câmaras especiais, serão enviadas aos engenheiros da Nasa na Terra. O sistema fará uma análise da cobertura térmica do Discovery e de sua estrutura externa após o acoplamento com a Estação Espacial Internacional (ISS) na quinta-feira, que será manejado pelo braço da ISS.
A Discovery foi lançada na terça-feira às 11h39 no Centro Espacial Kennedy, perto de Cabo Canaveral, Flórida, para a primeira missão de um ônibus espacial após a tragédia do Columbia, que se desintegrou ao ingressar na atmosfera terrestre no dia 1º de fevereiro de 2003, provocando a morte dos sete tripulantes. A desintegração do Columbia em seu reingresso à atmosfera ocorreu após o desprendimento de uma parte do isolamento do tanque durante a decolagem.