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Após três anos, Brasil retoma o lançamento de foguetes

Segunda-feira, 30 jan 2006 - 07h32
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A Força Aérea Brasileira confirmou na última sexta-feira que o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, realizará este ano dois lançamentos de foguetes de sondagem.

Estas serão as primeiras missões programadas desde 2004. Naquele ano os militares lançaram o primeiro protótipo do foguete VSB-30 e que marcou a retomada do programa brasileiro de desenvolvimento de foguetes.

De acordo com o comunicado oficial, a primeira missão deverá ocorrer em setembro e servirá como mais um teste do foguete VSB-30. Outros testes aconteceram no ano passado, em um centro de lançamentos na Noruega.

Batizada de Cumã II, a missão ainda não tem data marcada e ainda se discute qual será o modelo de foguete utilizado.


Os Foguetes


Segundo o tenente-brigadeiro Carlos Augusto Leal Veloso, diretor do Deped (Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento), os modelos utilizados poderão ser um VS-40, um VS-30 ou outro VSB-30. Todos os três modelos utilizam combustível sólido.

O VS-40 (direita) é um foguete de sondagem que leva grande cargas. Foi concebido para testar o motor S-40, que equipa o primeiro estágio do veículo de lançamento de satélites brasileiro, o VLS-1. Até agora, somente duas missões foram realizadas com este modelo, ambas a partir de Alcântara.

O modelo VS-30 (esquerda)foi projetado para ser o foguete padrão do programa espacial brasileiro já no final dos anos 90, e é considerado como o modelo de maior sucesso projetado e fabricado no Brasil. Este foguete já foi lançado dos dois centros de lançamentos brasileiros em operação atualmente - Alcântara, no Maranhão e Barreira do Inferno, em Natal.

O terceiro modelo é o VSB-30, um aprimoramento do VS-30. Neste foguete foi acoplado um motor "buster" ao propulsor S-30. Isso resultou em um veículo com maior capacidade de carga e concebido para exportação. Hoje, o VSB-30 está sendo oferecido à Agência Espacial Européia

Para estas duas missões, não estão programadas novas contruções. A contrução média usada para lançar estes tipos de foguetes não foi afetada pelo acidente ocorrido com a torre móvel durante a fase de integração do VLS-1, em agosto de 2003, distante apenas 300 metros.

Desde o final da década de 90 o Brasil não planejava tantas missões com foguetes brasileiros. Em 2002 o Centro Lançamento de Alcântara realizou duas campanhas. Na primeira, o foguete usado foi o modelo VS-30/Orion, desenvolvido com a Agência Espacial Alemã.

Na segunda missão, em dezembro de 2002, foi a única campanha de lançamento do programa de pesquisa de microgravidade. O foguete usado foi o VS-30, porém problemas na separação da carga útil acabou abosrtando a missão.


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