De acordo com o relatório produzido pela NOAA, a concentração de dióxido de carbono - CO2 - cresceu 2.87 ppm (partes por milhão) em 2018, saltando de uma média de 409.92 ppm, observada até 1 de janeiro de 2018. Esse incremento é o maior já observado desde 1958.
As medições também revelam algo bastante emblemático: dos quatro maiores recordes observados nos últimos 60 anos, três deles aconteceram nos últimos quatro anos.
O CO2 é de longe o mais importante dos cinco principais gases do chamado efeito estufa: dióxido de carbono, metano, óxido nitroso, monóxido de carbono e ozônio. Quando as primeiras amostras de Mauna Loa foram analisadas em 1958, o CO2 já havia subido 35 ppm acima do nível pré-industrial de 280 ppm. Atualmente o nível atinge 410 ppm.
Nas últimas duas décadas, a taxa de aumento foi aproximadamente 100 vezes mais rápida do que os aumentos naturais anteriores, como os que ocorreram no final da última era glacial, entre 11 mil e 17 mil anos atrás.
Ali, as observações começaram a ser feitas em março de 1958, quando o cientista David Keeling, na época ligado ao Scripps Institution of Oceanography, começou a medir o CO2 atmosférico. O gráfico resultante das análises de Keeling passou a ser chamado de Curva de Keeling.