De acordo com dados recebidos do JPL, Laboratório de Propulsão a jato, da NASA, e processados pelo Apolo11, o asteróide deverá atingir seu ponto de maior aproximação com nosso planeta às 22h21 pelo horário de Brasília, ficando a 10.722 milhões de quilômetros da Terra, 14 vezes mais próximo que o Sol.
É importante notar que esta aproximação não trará qualquer tipo de risco para o nosso planeta e que todos podem dormir tranqüilamente.
1862 Apollo, ou simplesmente Apollo, foi o primeiro asteróide conhecido a cruzar a órbita da Terra. Esse fato ajudou os cientistas a concluírem que a ameaça de colisão do planeta com objetos menores, em especial os asteróides, não poderia ser descartada e deveria ser estudada com seriedade.
Apollo leva 651 dias para dar uma volta completa ao redor do Sol. Em sua jornada pelo Sistema Solar, cruza as órbitas de Vênus, Marte e Terra. Sua distância máxima da estrela é de 342 milhões de quilômetros e durante sua maior aproximação chega a apenas 100 milhões de quilômetros.
Os asteróides não estão presentes apenas no "Cinturão de Asteróides", mas também orbitam outras regiões do sistema solar e já foram descobertos desde o interior da órbita da Terra até para além da órbita de Saturno.
Se permanecessem em suas órbitas, praticamente não representariam perigo ao nosso planeta, mas diversos mecanismos podem fazê-los sair de lá. Como exemplo, a colisão entre os próprios objetos ou a forte atração gravitacional exercida por Júpiter também pode modificar a trajetória alguns deles, deslocando-os do Cinturão para uma nova órbita, capaz de cruzar a órbita terrestre.
Após ser descoberto em 1932, o asteróide foi considerado perdido pelos astrônomos até ser novamente localizado em 1975. Há menos de dois anos, em 4 de novembro de 2005, cientistas norte-americanos, utilizando imagens do radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico, descobriram que Apollo não orbitava o Sol sozinho, mas tinha uma companhia, uma lua própria, que foi batizada de S/2005 (1862) 1. A lua de Apollo tem dimensões diminutas, de aproximadamente 80 metros e orbita a rocha principal a menos de 2 quilômetros de distância, em uma órbita de pouco mais de 3 quilômetros de raio.
Apollo está muito longe para ser observado a olho nu, mas telescópios com grande capacidade de abertura instalados em locais escuros podem ver o visitante. Durante sua máxima aproximação o asteróide pode ser encontrado na constelação Grus e seu brilho é de apenas 13 magnitudes.
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