Não existe a menor possibilidade de impacto com nosso planeta, mas 2007 TU24 poderá ser visto até mesmo com modestos telescópios, já que seu brilho aparente será de 10.3 magnitudes. Aqui no Brasil o objeto já pode ser observado a partir das 21 horas entre as constelações de Andrômeda e do Triângulo. A observação é possível até aproximadamente 23 horas, quando o asteróide se posicionará abaixo do horizonte.
Para ver o asteróide recomenda-se no mínimo um telescópio pequeno, com 80 milímetros de abertura.
As primeiras imagens do asteróide foram captadas na última quinta-feira, dia 24 de janeiro, através de sondagens feita pelo telescópio-radar de alta resolução de Goldstone, na Califórnia e indicam que 2007 TU24 tem forma assimétrica e seu diâmetro é de aproximadamente 250 metros. Cálculos mais apurados mostram que o período orbital do objeto é de 1040 dias.
Classificado como "potencialmente perigoso", segundo a Nasa, 2007 TU24 será o asteróide dessa categoria que mais se aproximará da Terra até o ano de 2027. Segundo os cientistas, objetos de tamanho semelhante se aproximam da Terra apenas uma vez a cada cinco anos. O asteróide que passou mais próximo do nosso planeta foi FU162, uma rocha de aproximadamente 6 metros, que no dia 31 de março de 2004 esteve a menos de 6500 quilômetros de distância.
Pelo menos dezesseis desses objetos têm um diâmetro maior que 240 km e um deles, o maior de todos, batizado de Ceres(foto), tem um diâmetro de aproximadamente 1000 km.
Atualmente é aceito pela maioria dos cientistas que essas rochas são fragmentos de um planeta que não chegou a se formar, mas seus pedaços permanecem orbitando o Sol.
Os asteróides não estão presentes apenas no "Cinturão de Asteróides", mas também orbitam outras regiões do sistema solar e já foram descobertos desde o interior da órbita da Terra até para além da órbita de Saturno.
A grande maioria no entanto, orbita entre Marte e Júpiter e se permanecessem no seu lugar, praticamente não representariam riscos. No entanto, diversos mecanismos podem fazê-los sair de suas órbitas.
Como exemplo, a colisão entre os próprios asteróides ou a forte atração gravitacional de Júpiter pode modificar a trajetória alguns deles, deslocando-os do Cinturão para uma nova órbita, capaz de cruzar a órbita terrestre.
Apollo, Amor e Atens
Outro grupo de asteróides, conhecidos por Apolos, Amor e Atens, circulam em regiões distintas do Sistema Solar. Estes objetos representam um risco muito mais imediato do que os do Cinturão, já que suas órbitas naturais cruzam a órbita da Terra.
Por cruzarem nossa órbita, alguns desses objetos já atingiram nosso planeta em tempos passados. Um exemplo real dessa colisão com a Terra é a cratera formada pelo Meteoro Barringer, próximo a Winslow, no Arizona, EUA, vista abaixo.
2007 TU24 também pertence à classe de asteróides Apollo.