Até então não se sabia o que havia causado a explosão, que foi testemunhada por milhares de pessoas como um forte estrondo seguido de uma grande trilha de fumaça sobre os céus da cidade costeira de Bone. As especulações sobre a queda de um asteróide começaram no mesmo dia, mas não havia elementos para confirmar se de fato era uma rocha espacial ou mesmo um satélite desgovernado.
O evento ocorreu as 11 horas da manhã local do dia 8 de outubro (01h00 Horário de Verão) e foi imediatamente registrado por 11 estações de monitoramento do Sistema IMS de Vigilância do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, que detectou uma forte explosão centrada próxima às coordenadas 4.5S, 120E.
Das onze estações que detectaram a explosão, cinco estavam a mais de 10 mil km de distância e uma delas se encontrava a 18 mil km do local. De acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, os sinais captados estavam dentro da faixa de infrassons e sugeriam que a fonte da explosão era de muito alta energia. Além disso, a diferença no tempo de propagação das ondas era da ordem de 0.27 e 0.32 km/s, consistente com o retorno esperado de sinais provenientes de explosões da estratosfera.
A metodologia utilizada de geolocalização por infrassom não é precisa o suficiente para afirmar se o asteroide explodiu sobre o mar ou terra, mas as coordenadas calculadas são próximas da cidade de Bone, exatamente onde testemunhas viram o objeto.
Baseados na análise dos dados do IMS e na média da velocidade de impacto de 20.3 km/s , cientistas do Programa NEO de monitoramento de objetos próximos à Terra, ligado ao JPL, calcularam que o objeto que entrou na atmosfera tinha entre 5 e 10 metros de diâmetro e que a energia da explosão foi equivalente a uma detonação de 50 mil toneladas de TNT, equivalente a três bombas iguais a que caiu sobre Hiroshima em 1945.
Em média, objetos desse porte penetram a atmosfera apenas 1 vez a cada 10 anos e normalmente não são detectados pelos sistemas de vigilância.
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