A descoberta é a primeira evidência direta para sustentar a teoria de duas décadas de que o universo passou por uma chamada "inflação". Também ajuda a explicar como a matéria eventualmente se juntou para formar planetas, estrelas e galáxias em um universo que começou como uma sopa extremamente quente e lisa.
Os pesquisadores encontraram evidências para a inflação observando um fraco brilho de radiação que permeia o universo. Esse brilho, conhecido como Radiação Cósmica de Fundo em Microondas, foi produzido quando o universo tinha cerca de 300 mil anos - muito depois que a inflação fez seu trabalho.
Mas assim como os fósseis contam aos paleontólogos sobre a vida extinta há tempos, o padrão de luz na Radiação Cósmica de Fundo em Microondas oferece pistas sobre o que veio antes dela. Os físicos têm interesse específico em sutis variações de brilho que dão às imagens do fundo em microondas uma aparência granulosa.
A análise observou as variações em pequenos pedaços do céu através de bilhões de anos-luz.
Sem a inflação, as variações esses pequenos pedaços seriam as mesmas que as observadas em áreas grandes do céu. Mas os pesquisadores encontraram diferenças consideráveis nessas variações.
"Os dados favorecem a inflação", disse Charles Bennett, físico da Universidade Johns Hopkins que anunciou a descoberta.
As medições estão agendadas para serem publicadas em uma próxima edição da Astrophysical Journal.
Foto principal: esquema proposto da formação e expansão do universo.
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