A atividade começou em 4 de outubro de 2009, quando os abalos foram seguidos por uma série de erupções de cinzas que continuaram até o dia 13 de outubro. As explosões criaram gigantescas plumas de cinzas tóxicas que se espalharam por muitos quilômetros além da montanha, onde o já se verifica o constante crescimento do domo de lava e deslocamento de fluxo piroclástico.
A imagem mostrada foi feita no dia 11 de outubro pela tripulação da Estação Espacial Internacional, ISS, e revela uma gigantesca coluna de fumaça que se estende em direção oeste em direção ao mar do Caribe. A cena foi feita obliquamente à montanha o que permite identificar com mais clareza a estrutura vertical da pluma.
Devido à cobertura vegetal, a maior parte da ilha é vista em tons verdes enquanto os fluxos piroclásticos e antigos rios de lava são claramente identificados nas colorações cinza e marrom-escuro que se estendem em direção às praias. As áreas urbanas também são visíveis ao norte e oeste e podem ser reconhecidas pelos característicos padrões lineares criados pelos traçados das ruas e telhados de residências.
A aparência cinza-prateada do Mar do Caribe é consequência de um fenômeno chamado "sunglint", uma espécie de reflexão de espelho criada pelo ângulo formado pelos raios do sol que atingem a água e a câmera fotográfica no interior da Estação Espacial.
Até 1995 a montanha apresentava natureza calma, até que uma série de pequenas atividades culminaram com uma rajada de explosões violentas que se iniciaram em 18 de Julho de 1995. As erupções destruíram a capital Plymouth e deixaram a ilha de Montserrat parcialmente inabitável, o que obrigou a evacuação de dois terços da população da ilha, cuja principal fonte de renda era o turismo.
Após a evacuação da capital, os constantes fluxos piroclásticos soterraram a cidade sob vários metros de material vulcânico. Em junho de 1997 outra erupção provocou a morte a 23 pessoas.
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Foto: No topo, imagem da ilha de Montserrat registrada pela tripulação 21 da Estação Espacial Internacional, ISS, no dia 11 de outubro de 2009. Acima, imagem feita da montanha durante explosão em 1995. Créditos: Nasa/Modis-Rapid Response team/Wikimedia Commons.