O registro, bastante difícil e raro, foi feito pelo astrônomo amador Andreas Möller que havia visto, o cometa no dia anterior, através das imagens registradas pelo telescópio espacial SOHO.
O objeto, batizado de C/2020 X3 (SOHO), pertence à família cometária Kreutz, composta de uma série de fragmentos de um grande cometa que se partiu há mais de 2 mil anos. Esses fragmentos recebem o nome de sungrazer, que em tradução livre significa "aquele que mergulha no Sol".
Avisado pelo astrônomo amador tailandês Worachate Boonplod, que sabia que o cometa estava literalmente mergulhando no Sol, Möller e outros colegas se prepararam para registrar o evento no dia seguinte, a partir da localidade de Piedras del Aguila, Argentina.
No momento exato da totalidade Möller iniciou os registros e fez uma série de composições astronômicas com 65 frames, posteriormente processados. O resultado final é a foto mostrada acima, que revela o cometa C/2020 X3 (SOHO) mergulhando contra o Sol a nada menos que 720 mil km/h.
Algumas horas após o eclipse, o cometa de 150 metros de diâmetro se desintegrou, pulverizado pelo calor escaldante da estrela.
Os objetos da família Kreutz foram assim batizados após terem sido descobertos por um jovem astrônomo chamado Dirk Peeters Kreutz, no século 19.