Os cientistas afirmam que essas supernovas ocorreram quando o universo tinha apenas 2,7 bilhões de anos. O grupo de astrônomos da Universidade da Califórnia detectou as supernovas comparando imagens de uma mesma região do céu captadas entre 2003 e 2006.
Os estudiosos buscavam galáxias, que se tornam mais brilhantes, o que pode indicar a grande quantidade de energia liberada por uma supernova. O astrônomo Jeff Cooke, líder do estudo, sobrepôs então todas as imagens captadas durante a temporada e fez a comparação com imagens sobrepostas em outros anos.
"É como se faz para aumentar a duração da abertura do obturador na fotografia: uma pose mais longa permite coletar mais luz", explicou o astrônomo.
Observações recentes com o telescópio Keck, instalado no Havaí, permitiram confirmar que os rastros luminosos eram compatíveis com uma supernova.
A nova técnica poderá contribuir no futuro para a descoberta de outras estrelas de bilhões de anos.
As supernovas deixam elementos químicos que contribuem para a formação de novas estrelas e planetas. Os cientistas esperam que o estudo das primeiras supernovas ajude a entender melhor a formação e a evolução das galáxias. O trabalho foi publicado na revista científica britânica Nature nesta quarta-feira.