De acordo com o previsto na últimas sexta-feira, estamos sendo neste momento bombardeados por forte quantidade de partículas carregadas vindas do Sol.
O índice KP, que mede a instabilidade da ionosfera, está bastante elevado e atinge agora o nível KP=6.
Espaço: Podem ser necessárias reorientações na órbita de satélites. O aumento do arrasto da atmosfera pode interferir no cálculo orbital.
Outros: Pode fechar a propagação em ondas curtas (HF) nas latitudes elevadas. Ocorrência de auroras boreais em latitudes baixas, ao redor de 55º.
Depois de obrigar o fechamento de aeroportos na Suécia na última quarta-feira, a recente atividade solar continua em alta e deverá provocar novas tempestades geomagnéticas neste fim de semana. Mantenha atenção.
Na última quarta-feira, o choque de partículas carregadas vindas do Sol contra a Terra obrigou as autoridades suecas a suspenderem as operações de decolagem em diversos aeroportos do país.
Na ocasião, a intensidade do vento solar chegou a registrar 600 quilômetros por segundo, que ionizou fortemente a alta atmosfera acima da Suécia provocando interferência significativa nos radares dos aeroportos.
O motivo do aumento da velocidade do vento solar observada nos últimos dias ocorreu como consequência direta do chamado "buraco coronal", uma espécie de abertura aleatória na alta atmosfera solar criada por uma anomalia repentina do campo magnético, que enfraquecido deixa "vazar" com mais intensidade as partículas naturalmente ejetadas pelo Sol.
A explosão, de classe de raios-X M3, ocorreu no dia 4 de novembro e provocou grande ejeção de massa coronal (CME) das vizinhanças da mancha solar AR2443, que estava voltada para a Terra.
Como consequência, bilhões de toneladas de plasma altamente carregado foi arremessado ao espaço e deverá atingir nosso planeta no dia 7, sábado pela manhã, com efeitos que deverão durar pelo menos 24 horas.
Diferente das tempestades geomagnéticas provocadas por buracos coronais, que elevam a velocidade do vento solar durante dias, as tormentas oriundas de ejeções de massa coronal são mais rápidas, a não ser sejam muito intensas.
As partículas provenientes do Sol são bloqueadas na alta atmosfera e desviadas em direção aos polos. Dessa forma, auroras deverão se formar acima do paralelo 50, para alegria dos habitantes dessas regiões.