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Atividade Solar: calmaria atual pode ser prenúncio das grandes tempestades

Segunda-feira, 23 mai 2022 - 10h08
Por Rogério Leite
A história nos diz que a calmaria da atividade solar não dura pra sempre. Estamos a caminho do pico do atual ciclo solar 25 e o número de manchas solares observado continua a exceder o número previsto, indicando que o próximo máximo solar, que deve ocorrer em 2025, será maior do que o calculado para este período de 11 anos.

Gráfico de Previsão revela aumento na atividade solar, indicando que o próximo máximo solar, previsto para 2025, poderá ser maior do que o esperado para o ciclo solar de 11 anos.

Atualmente, a atividade do Sol continua baixa e apenas pequenas erupções de classe C foram observadas na última semana (16-13 maio de 2022). A chance de mais erupções chega a 99% para as explosões solares de classe-C, 40% para as emissões de classe-M e apenas 5% para os violentos flares de classe-X.

O grande grupo de manchas solares observado alguns dias atrás – Região Ativa AR3014 - continua a diminuir de tamanho. Esse grupo foi a maior região de manchas solares observada neste ciclo 25 e embora em retração, ainda tem potencial para mais ação.

A história nos diz que nenhuma calmaria solar dura muito. Como vemos no gráfico, o número atual de manchas solares continua a exceder o número previsto, mostrando que o próximo máximo solar, que deve acontecer em 2025, poderá ser maior do que o previsto para o ciclo solar de 11 anos. Isso significa mais manchas solares, regiões ativas maiores e atividade geomagnética mais frequentes e intensas.

A calma atual, sem grande ejeções de massa coronal, pode não significar muito neste momento, mas de modo geral o Sol está nos dizendo que é apenas uma pequena calmaria antes da próxima tempestade.


Ciclo de Schwabe


Como se sabe,os ciclos solares duram em média 11 anos e durante este período apresenta momentos de alta e baixa atividade. Nem todos os ciclos são iguais, sendo que alguns são intensos e apresentam muitas manchas e explosões solares, enquanto outros são praticamente calmos e quase sem manchas.

Esse período é chamado ciclo de Schwabe e desde que as observações começaram a ser feitas já foram contados 25 ciclos até o ano de 2022.

Durante o período de maior atividade, chamado "máximo solar", grandes manchas e intensas explosões ocorrem quase diariamente. As auroras surgem nas latitudes médias e violentas tempestades de radiação danificam os satélites em órbita. A última vez que isso ocorreu com tal intensidade foi entre os anos de 2000 e 2001.

No "Mínimo Solar" ocorre o contrário. Quase não existem flares solares e podem passar semanas sem que uma única mancha quebre a monotonia do disco solar. É exatamente esse o momento atual que estamos passando.

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