Batizado de Projeto Cirrus, o projeto foi idealizado pelo estudante do ensino médio Francesco Lena, da cidade de Amparo, no interior de São Paulo, que durante mais de um ano trabalhou arduamente no projeto e construção do experimento.
O sonho de Lena, de apenas 16 anos de idade, era fazer vídeos da estratosfera. Para isso contou com a ajuda da família, amigos, escola e namorada e tocou em frente o seu projeto, um balão meteorológico de 1500 gramas equipado com três câmeras digitais, um localizador GPS via satélite e um data-logger para analisar os dados coletados durante o voo.
O lançamento do balão aconteceu no dia 28 de novembro e após atingir a altitude máxima de 32 quilômetros o artefato estourou e a carga útil retornou à Terra com o auxilio de um paraquedas. Alguns minutos depois do pouso a primeira mensagem de localização foi transmitida automaticamente, informando ao controle da missão onde a sonda se encontrava, a 17 km do local do lançamento.
"Nós perseguimos o balão até que ele explodiu. Mesmo de longe, foi possível vê-lo como uma estrela pequena e bastante brilhante", afirmou o estudante.
No ápice da missão a sonda enfrentou condições extremas, com a temperatura atingindo -55°C e a pressão atmosférica a 0,2% daquela ao nível do mar!
A primeira coisa que Lena fez após recuperar a carga útil foi verificar as imagens gravadas durante a missão. E as cenas eram impressionantes, de tirar o fôlego.
"Neste dia o cometa ISON estava passando perto do Sol e embora a captura de imagens não tenha sido possível, fomos capazes de registrar a curvatura da Terra e a escuridão do espaço", disse Lena.
Para entrar em contato com Franscesco Lena, essa é sua página no Facebook: https://www.facebook.com/projetocirrus
Missão foi cumprida!