O Programa é liderado pela Comissão Européia (CE) e sua execução pela Agência Espacial Européia (ESA). Um grupo de trabalho sobre o Galileo, coordenado pelo presidente da AEB, Sergio Gaudenzi, analisará uma proposta de participação que será formulada pela CE. Findo este processo, a AEB e o Itamaraty analisarão o documento para posterior assinatura e ratificação pelo Congresso Nacional.
O Brasil receberá dos dirigentes do Galileo uma lista dos temas passíveis de cooperação, sendo que o país poderá optar por somente ter acesso aos dados do satélite para estudos na área de ciência e tecnologia, sem a necessidade de investimentos no Galileo, ou integrar a direção do Programa e receber informações de melhor qualidade, proporcionalmente aos recursos alocados ao projeto.
"Havendo investimentos brasileiros, os dirigentes do Galileo informaram que pelo menos 80% seriam empregados em pedidos à indústria brasileira", afirma do coordenador da Assessoria Técnico-Científica da AEB, Raimundo Mussi.
O sistema de posicionamento Galileo contará com 30 satélites que permitirão definir a localização de um objeto em qualquer local do globo terrestre, semelhantemente ao GPS norte-americano. A tecnologia encontra grande aplicação seja em segurança de vôos, seja no controle de caminhões, a fim de evitar o roubo de cargas. O primeiro satélite em caráter de teste deve ser lançado até o final de dezembro.