A certificação é um marco. Temos agora o reconhecimento, um selo de qualidade, que permite que o foguete seja comercializado com empresas e outros países", afirmou o coronel Carlos Antônio Kasemodel, vice-diretor de Espaço do IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que desenvolveu o veículo.
Segundo Kasemodel, ainda não foi definido se a empresa selecionada terá de pagar ao governo brasileiro para ter acesso às tecnologias. Outra possibilidade é a indústria repassar ao governo uma porcentagem dos lucros obtidos com a venda do foguete a clientes. Cada unidade do VSB-30 custa cerca de R$ 300 mil.
O desenvolvimento do foguete VSB-30 começou em 2001 numa parceria entre o Brasil e a Agência Espacial Alemã (DLR). Sua capacidade é de 400 quilos e pode chegar a uma altura de 250 km. O objetivo é poder levar experimentos a altitudes em microgravidade.
Já foram realizados sete lançamentos com o VSB-30, dois no Brasil e cinco na Suécia. Em julho de 2007, a carga útil com nove experimentos se perdeu após o lançamento na base de Alcântara, no Maranhão. Na ocasião, os experimentos não foram recuperados devido a falha na carga útil e não do foguete.