Os buracos coronais são regiões da coroa onde a densidade do plasma (gás aquecido a milhares de graus) é menor que nas áreas adjacentes. Nos buracos, as linhas do campo magnético são unipolares e abertas e não conseguem manter o plasma aprisionado, que escapa em direção ao espaço em altíssima velocidade. Isso aumenta a pressão do vento solar.
Quando as áreas onde se localizam os buracos coronais estão voltadas para a Terra, verifica-se um aumento na atividade geomagnética causada pelo impacto mais intenso das partículas do vento solar na ionosfera. Isso faz o índice KP que mede a instabilidade nesta região se elevar, configurando um quadro conhecido como tempestade geomagnética.
Algumas vezes, o buraco coronal ejeta o plasma de forma súbita, criando uma onda de choque dentro do fluxo contínuo do vento solar. Essa onda de choque, quando atinge a Terra, pode fazer a tormenta se prolongar por diversas horas e com intensidade bem acima do normal.
Normalmente, o fluxo de o vento solar oscila entre 300 km/s e 400 km/s, mas pode bater facilmente a casa dos 800 km/s quando um buraco coronal está pressionando o fluxo de partículas.
Às 17h15 BRT de sábado, a velocidade de o vento solar era de 607 km/s, mas durante todo o período variou bastante, com picos atingindo a marca de 690 km/s.
Devido à tempestade geomagnética, diversas auroras polares foram observadas, como essa registrada na noite de sexta-feira pelo fotógrafo Brad Goldpaint, próximo ao Crater Lake National Park, no estado americano do Oregon.