O diâmetro das crateras no polo norte lunar variam entre 2 a 15 quilômetros, mas a quantidade de gelo presente é diferente em cada uma delas. A Nasa acredita que o gelo tenha no mínimo dois metros de espessura por ter sido identificado pelo radar Mini-Sar.
Mas, o que as crateras têm em comum para permitir a conservação do gelo? De acordo com os cientistas, elas se localizam em grandes áreas onde não há luz solar. Em certas regiões a temperatura pode chegar até 248ºC negativos, mais frio que a superfície de Plutão e, portanto, permitindo que as camadas de gelo fiquem intactas.
O cientista Paul Spudis, do Instituto Lunar e Planetário de Houston, afirma que podem existir 600 milhões de toneladas de gelo nessas crateras sob alguns centímetros da superfície seca. "Na sua maioria, é puro gelo", disse Spudis.
Spudis vai além, agora podemos dizer com alguma confiança que uma presença humana sustentável na Lua é possível. É possível usando os recursos que encontramos lá", disse o cientista.
Em outubro de 2009, a sonda LCROSS da Nasa se chocou contra a superfície da Lua numa missão extremamente calculada com objetivo de detectar as possíveis partículas de fragmentos existentes na pluma de poeira provocada durante o choque.
Além da confirmação da presença de água nas crateras escuras da Lua, a missão da LCROSS identificou a presença, de hidrocarbonetos, como etilenos no solo lunar.