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Chega ao fim principal missão do telescópio Spitzer

Quinta-feira, 07 mai 2009 - 09h53
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Após cinco anos e meio realizando observações do cosmos, a missão primária do telescópio espacial Spitzer chega ao fim. No próximo dia 12 de maio os engenheiros da Nasa enviarão um comando ao telescópio, obrigando o equipamento a esvaziar o restante do hélio líquido usado para refrigerar os instrumentos.

Segunda a Nasa, com o término da missão primária terá início uma nova era para o telescópio, com dois canais de um dos detectores trabalhando a toda capacidade. Alguns dos estudos explorados serão os mesmos enquanto outros serão inteiramente novos.

Zero absoluto
Spitzer é um telescópio espacial que trabalha no comprimento de onda do infravermelho, detectando as variações de temperatura dos objetos estudados. Para isso o instrumento deve manter os detectores resfriados a -271 graus Celsius, apenas 3 graus acima do zero absoluto, a menor temperatura teórica que se pode atingir. No caso do Spitzer, seu sistema de resfriamento foi projetado para durar dois anos e meio, mas seu desenho altamente eficiente garantiu que as operações se prolongassem pelo dobro do tempo.

Após o esvaziamento do tanque de hélio líquido sua temperatura se elevará a -242 graus Celsius. Com a elevação de temperatura dois dos instrumentos a bordo do observatório deixarão de funcionar e não poderão mais detectar os frios objetos no espaço: o fotômetro imageador multibanda e o espectrógrafo infravermelho.

No entanto, outros dois detectores no espectro infravermelho continuarão a operar perfeitamente e conseguirão registrar uma grande gama de objetos, entre eles os asteróides do nosso sistema solar, poeira estelar, discos planetários, gigantes gasosos e galáxias distantes.

Grandes Telescópios
Spitzer é o último dos grandes observatórios da Nasa, um conjunto de telescópios projetados para enxergar o universo tanto nos comprimentos de onda visíveis como nos espectros invisíveis. Do conjunto também fazem parte o telescópio espacial Hubble e o telescópio Chandra.

Foto: Galáxia espiral NGC 2841 registrada pelo telescópio espacial Spitzer. A galáxia se localiza a 46 milhões de anos-luz da Terra, na constelação da Ursa Maior. Crédito: NASA/JPL-Caltech.

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