As missões à Lua geraram prestígio e tecnologia, mas não apresentaram vantagens financeiras para qualquer um dos países. Os custos envolvidos e suas questionáveis utilidades fizeram os dois países suspenderem essas missões e aplicar o dinheiro em estações e ônibus espaciais, com retorno praticamente imediato e sem perda de prestígio.
O tempo passou e desde então a Lua foi esquecida. Ou quase. Não se sabe exatamente quais os objetivos reais de diversos governos, mas ao que tudo indica, a Lua voltou a ser a "bola da vez" na nova era espacial.
A Nasa já declarou que tem planos para retornar à Lua antes do final da década, tendo em vista a construção de uma base permanente que entre outras coisas, servirá de trampolim para a ida à Marte. A índia já disse que a Lua deverá ser atingida antes de 2009. Em 1990 os japoneses enviaram uma sonda à Lua, que apenas fez manobras de aproximação. No próximo dia 16 de agosto deverão lançar a nave Selene.
"Atualmente, nosso programa de exploração lunar está dividido em três fases - orbitar a Lua, pousar na superfície e retornar à Terra", disse Ouyang Ziyuan, diretor do projeto, em entrevista à agência oficial de notícias, China News.
Na segunda fase do programa, uma sonda não-tripulada pousará na superfície da Lua para fazer pesquisas mais detalhadas da composição do solo. A terceira parte do projeto tem por objetivo "trazer amostras do solo de volta à Terra", acrescentou o cientista.
Em 2003, a China se tornou o terceiro país, depois da União Soviética e dos Estados Unidos, a enviar um homem para o espaço a bordo de um foguete construído com tecnologia e recursos próprios. Em outubro de 2005 o país colocou dois homens em órbita e planeja uma caminhada espacial até 2008.