Todos os anos, por volta do dia 12 de agosto, a Terra penetra no interior de uma densa esteira de partículas deixada no espaço pelo cometa Swift-Tuttle. Quando isso acontece, os fragmentos do cometa penetram em alta velocidade na atmosfera da Terra e se incandescem, criando a conhecida chuva de meteoros Perseida.
A Perseida recebe esse nome pois os meteoros parecem vir da constelação de Perseus. Tecnicamente, essa posição no céu é chamada pelos astrônomos de radiante.
Embora o pico das perseidas seja no dia 12 de agosto, fragmentos do cometa começam a impactar a Terra bem antes e não é incomum observarmos "estrelas cadentes" vindas daquela direção já a partir da metade de julho.
Essa nuvem de fragmentos consiste em partículas geladas que foram ejetadas do cometa durante a sua passagem perto do Sol. Essa nuvem não é homogênea, com regiões muito delgadas e outras muito mais densas e que muitas vezes também é perturbada devido à influência gravitacional de Júpiter, como acontece agora.
Esse impacto com a área mais densa da nuvem ocorre em média a cada oito anos, mas é sempre bom lembrar que a taxa horária informada é para chuvas que acontecem no zênite do observador, o que não é o caso do Brasil, que verá os fragmentos próximos ao horizonte.
Embora se tornem muito brilhantes quando rompem a atmosfera, os fragmentos mais comuns das chuvas de meteoros têm o tamanho de um grão de areia, enquanto os maiores raramente ultrapassam o tamanho de uma semente de arroz ou maçã. A velocidade típica de um fragmento é de 60 km/s.
Assim, um meteoro é um fenômeno luminoso observado sempre que um meteoroide cruza a atmosfera terrestre e incandesce. Se atingir o solo, a rocha é um meteorito.
Perseus é uma constelação do hemisfério norte, por isso as regiões mais ao norte do Brasil serão mais favorecidas. Isso não quer dizer que moradores em outras regiões não verão a chuva de meteoros. Eles apenas aparecerão mais próximos ao horizonte e a quantidade de meteoros observados será bem menor.
A constelação de Perseus surge próximo ao horizonte NORTE às 2 horas da madrugada. Se você não sabe onde fica o Norte, aponte o seu braço direito para a posição onde nasce o Sol e o braço esquerdo para onde o Sol se põe. Dessa forma, você estará olhando aproximadamente para o norte.
A carta acima ajuda a encontrar Perseus. Só lembrando que o pico da chuva acontece na madrugada do dia 12 de agosto, ou seja, após a passagem de quinta-feira para sexta-feira.
Bons céus!