A construção do modelo de elevação foi possível através dos dados coletados pelo instrumento japonês Aster (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer), um radiômetro que opera nos comprimentos de onda visível e infravermelho embarcado dentro do satélite de sensoriamento remoto Terra, da Nasa.
De acordo com Mike Abrams, chefe da equipe Aster junto ao Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, as novas informações topográficas terão grande valor no estudo das ciências da Terra e possibilitarão inúmeras aplicações práticas em diversas áreas da engenharia, exploração energética, estudo dos recursos naturais, meio ambiente, urbanismo, combate a incêndios, geologia, planejamento urbano e todas as aplicações que envolvam o conhecimento do terreno com precisão.
Antes de ser lançado, o mapa topográfico mais completo era o SRTM, ou Missão Topográfica de Radar com Ônibus Espacial. A missão mapeou 80% das massas continentais da Terra entre as latitudes de 60 graus norte e 57 graus sul, limitadas pela inclinação da órbita dos ônibus espaciais. Os novos dados do Aster expandem a cobertura para 99% das massas de terra, desde 83 graus ao norte até 83 graus ao sul, onde cada ponto medido é separado por apenas 30 metros de distância.
O Aster é um dos cinco instrumentos de sensoriamento remoto a bordo do satélite Terra, lançado em dezembro de 1999. As imagens são coletadas através dos comprimentos de onda da luz visível e emissões térmicas, com resolução variando entre 15 e 90 metros por pixel. Segundo as autoridades japonesas e estadunidenses os dados poderão ser baixados sem nenhum custo por qualquer pessoa interessada.