Segundo a revista britânica Monthly Notices of The Royal Astronomical Society, esse descobrimento permitirá conhecer melhor como evoluem e desaparecem as estrelas, já que a anã branca é a última fase da vida desses corpos celestes.
Até agora, as anãs brancas não tinham podido ser medidas porque a mais próxima à Terra acompanha uma estrela comum, Sirius, que é a mais brilhante do céu e oculta a anã. No entanto, os astrônomos da Universidade de Leicester, Inglaterra, conseguiram estudar a chamada Sirius B Anã Branca.
Os especialistas conseguiram esse feito científico graças à tecnologia do telescópio espacial Hubble, que permitiu isolar a luz de Sirius B e medir a massa do astro extinto.
Sirius B tem um diâmetro de cerca de 11.700 quilômetros, é menor que a Terra, mas é tão densa que sua massa equivale a 98% da do Sol, segundo os cientistas de Leicester.
Graças a esta descoberta, os especialistas poderão investigar como estrelas similares ao Sol acabam transformadas em anãs brancas quando esgotam sua energia nuclear e se transformam em astros menores.
Segundo o diretor da pesquisa, Martin Barstow, "o estudo de Sirius B foi todo um desafio para os astrônomos durante mais de 140 anos".
Para Barstow, esta façanha só foi possível pela utilização do telescópio Hubble: "Só graças ao Hubble no final pudemos obter as observações que necessitávamos", ressaltou o professor.